sexta-feira, 30 de abril de 2004

A&V

Baixei essa música esses dias, mas só hoje parei pra reparar o quanto me identifico com a letra.

Nós já tínhamos duas músicas, eleitas no começo do namoro, mas depois ninguém nem falou mais sobre o assunto, mesmo porque já estavam "batidas". Claro que sempre que as ouço me lembro de cada momento no ínicio, de como foram bons, de como foram inesquecíveis. Talvez o único momento da minha vida em que eu quis deixar tudo como estava, sem mudar absolutamente nada.

Não sei se hoje estamos bem. Ela passa por mudanças que não consigo acompanhar e muito menos entender. Estou fazendo de tudo, o impossível e até o improvável para que nos entendamos, mas acho que não estou sendo bom o suficiente.

Ela me pergunta o porquê, de depois desse tempo todo, eu ter voltado ao sentimento inicial (em módulo). Ainda busco explicações para isso. O meu erro foi ter deixado esse sentimento ser abafado por coisas pequenas, mas que conseguiram abalar a nossa relação, que um dia ela jurou ser pra sempre e em que eu acreditei.

Mudei muito com o tempo. Não sei se para melhor. Fato é que tenho aprendido com meus atos a me enxergar por dentro cada dia mais, buscando explicações para isso ou aquilo, sem ter que aceitar sem questionar. Com o tempo eu estou vendo que respostas sem explicações podem ser respondidas não por ela, mas sim modificando e construindo estruturas em mim. Que não temos o direito de exigir nada um do outro, quando não sabemos o que isso poderá fazer. Esse sim foi um grande erro.

No final das contas, o que eu não queria mesmo era deixar isso tudo acabar de uma hora pra outra como ela está deixando, se entregando ao primeiro obstáculo que apareceu na frente. Ela mesma sempre disse que tudo foi muito maravilhoso, então porque não voltar ao que era antes? Mas como minha vó sempre diz: quando um não quer, dois não brigam.

Em baixo segue a letra a que me referi. As partes em azul ela vai saber o porquê. E as em vermelho, mais ainda.



Pitty - Equalize



As vezes se eu me distraio

Se não me vigio um instante

Me transporto pra perto de você

Já vi que não posso ficar tão solta

Me vem logo aquele cheiro

Que passa de você pra mim

Num fluxo perfeito


E enquanto você conversa e me beija

Ao mesmo tempo eu vejo

As suas cores no seu olho, tão de perto

Me balanço devagar, como quando você me embala

O ritmo rola fácil, parece que foi ensaiado

E eu acho que eu gosto mesmo de você

Bem do jeito que você é

Eu vou equalizar você

Numa frequencia que só a gente sabe

Eu te transformei nessa canção

Pra poder te gravar em mim

Adoro essa sua cara de sono

E o timbre da sua voz

Me dizendo coisas tão malucas

E que quase me mata de rir


Quando tento me convencer

Que eu só fiquei aqui

Porque nós dois somos iguais


Até parece que você já tinha

O meu Manual de Instruções


Porque você decifra os meus sonhos

Porque você sabe o que eu gosto

E porque, quando você me abraça, o mundo gira devagar

E o tempo é só meu e ninguém registra a cena

De repente vira um filme, todo em camera lenta

E eu acho que eu gosto mesmo de você

Bem do jeito que você é

Eu vou equalizar você

Numa frequencia que só a gente sabe

Eu te transformei nessa canção

Pra poder te gravar em mim

sábado, 24 de abril de 2004

Dropping by

Alou, alou, planeta Terra chamando, planeta Terra chamando. Essa é mais uma edição do diário de bordo de Lucas Silva e Silva, falando direitamente do mundo da lua, onde tudo pode acontecer.

Quem não se lembra dessas saudosas frases? Eram do programa Mundo da Lua, estrelado pelo Luciano Amaral, que na época era um cabeçudinho pentelho que ficava reliando com a irmã feia e toda vez que queria fugir da realidade, ao invés de usar tóxicos e intorpecentes como as crianças de hoje, se trancava no quarto (e não no banheiro) e inventava umas histórias malucas junto com seu super gravador que emitia altas luzes que pareciam boate de cidade pequena em dia de festa. Hoje o Luciano apresenta um programa de video-game na Bandeirantes (eu acho). Já está até com barba na cara e deve ter uns vinte filhos pra criar. Ficou menos cabeçudo, porque cortou aquele cabelão, que inspirou os criadores do Bob esponja, e deu uma crescidinha (bem inha mesmo).

Aos leitores assíduos do Diário Pastel (ninguém), e aos que visitam quando não tem nada pra fazer e clicam errado (O Marcelo e a senhorita Roberta. Ah, agora a Vanessa também, que deu umas esperniadas quando leu algumas coisas por aqui), peço desculpas por estar parado por tanto tempo seguido assim. Deveras estou sem tempo disponível até mesmo para ficar inventando baboseiras.

"Arrivederci, Roma."

A.