segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Olá, meus caros e baratos leitores.

Falando em barato, é pensando em você que as linhas de hoje estão sendo feitas. Você que não vale o que o gato enterra, que não honra suas calças e que não vale 1 vintém furado. Que cresce na vida às custas dos outros, que faz caridade com o chapéu alheio e goza com a caceta dos outros! Sim, parabéns, você ganhou um post aqui no Diário!

Saiba, seu bobo filho de puta com viado, que o mundo só está assim hoje, pobre e fudido, porque existem pessoas como você. Meu pai já dizia que um dos piores erros da natureza é a incompetência não doer!

Desdobrando e explicando a penetração introdução acima, ontem, domingo de sol e calor (fui para o clube beber e cantar, by Zezé), fui trabalhar numa carreata política. Já tinha visto alguns colegas motociclistas fazerem esse trabalho idiota, mas euzinho, 80kg de pura gostosura, foi a 1a vez. Sim, perdi o lacre da pior maneira possível!
Qual o meu/papel dos colegas em uma carreata? Permitir os filhas-da-puta participantes o que é proibido para os cidadãos de bem. Sim, eu que me gozo orgulho de ser o certinhobatráquiocabriocáriosuperandré recebendo meu humilde salário pra fazer o que é errado.

Cara, e é um circo felomenal! Com direito a abertura das cortinas e aplausos do público de pé.
Uma caterva de puxa-sacos dentro de seus veículos plotados de rostos angelicais supersorrindo apertando a buzina. Aliás, descobri ontem que foi o diabo quem fez esse instrumento! Fui obrigado a acompanhá-los e a  permitir que avançassem os semáforos vermelhos e a atrapalhassem a vida de centenas de moradores/condutores inocentes por onde a horda passou. E sabe o que é mais legal em tudo isso? Que alguns dos colegas motociclistas citados ali em cima estavam participando dessa corja toda aí, de graça, em busca de um potencial favor.

Propaganda política na TV, receber meia dúzia de reais pra ficar segurando um pau com a cara de um filha da puta desses, pregar adesivinho escondido no carro dos outros, participar dessas carreatas imbecis por causa da promessa/garantia de algum benefício? Ah, valhe-me deus. Puxar saco nunca fui comigo. Aliás, quando criança, na hora de apanhar, que é a hora mais temida por um filho, eu subia a voz na tentativa de intimidar o meu gran-agressor, ao invés de adulá-lo e pedir clemência, na tentativa que ocorresse um abrandamento e intervenção divina no peso da havaiana de pau. Não é depois de velho que vou tentar agradar alguém em troca de alguma coisa. Pra mim, um bando de ratos sujos correndo atrás de um pedaço de queijo podre.

E como se já não bastasse tudo isso que, na maioria das vezes, é subsidiado com o dinheiro dos impostos daqueles que trabalham, muitas coisas são deixadas de lado pra custear o espetáculo. Exemplos? Nessas épocas de eleição faltam combustíveis nos carros de órgãos do estado porque são destinados a abastecer a turma que se propõe a participar da carreata. Participou? Teve o tanque cheio! Os agentes de trânsito têm seus palmtops e blocos detidos pra não autuarem os cidadãos e comprometer o voto do candidato do governo atual.(DICA: O órgão fiscalizador  de trânsito está assim, caros condutores, cometam infrações à vontade até o dia 03 de outubro que nada lhes ocorrerá, eu AGARANTCHO!). Fico pensando se um dia eu precisar ligar pros bombeiros socorrerem um parente meu que está morrendo, mas não tiver gasolina pra chegar até aqui, porque foi usada na carreata do político tal.

Entendo agora, Victor Hugo, quando escreveu Os miseráveis.

Sem beijos por hoje.

A.