sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sensacoes em erupcao


De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda esta forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...
Agora está tão longe
ver a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos
Na mesma direção
Aonde está você agora
Alem de aqui dentro de mim...
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você esta comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...
Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem...
Eieieieiei!
Olha só o que eu achei
Humrun
Cavalos-marinhos...
Sei que faço isso
Pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...

Legiao Urbana - Vento no litoral

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Vuvuzela neles


02 de fevereiro – Foi mal, teclado sem acentos!

Aqui comeca minha semi volta ao mundo. Dessa vez, pelo Indico. Embarque as 7h30.
A manha de ontem nao foi legal. A ideia de viajar, por nao estar consolidada, pesou um pouco. Nao tinha nada arrumado, como se a ideia de cair no mundo tivesse acontecido minutos atras. Recorri a alguns dos meus amigos pro almoco, compras de ultima hora e embreagues pre-ordenada num posto de combustivel qualquer. Pelas 22h, cheguei em casa e joguei algumas coisas na mala, a qual se escondia ainda no fundo do armario., empuerada e com ziper estragado. Dos 10 minutos que levei, 5 foram pra desviar da bagunca que tava no chao. Nao lembro de ter visto meu quarto tao baguncado!
Como sou portador da ultimamente tao rara trissomia YYY, nao consegui dobrar nada. Mamis ficou encarregada de fazer esse papel tao feminino e necessario na vida de um homem. Me ajudou a evitar ter que passar de novo ao chegar nos destinos. Love you, chica!
Tomei banho e sai com a pequena; cheguei por volta das 2h. Rolei na cama ate as 6, hora de ir para o aeroporto.
Foi legal; um dos meus melhores amigos foi la me ver, com a cara amassada de sono, quase tanto quanto a minha. Mamis encheu meu saco, claro, pelo meu atraso fortuito. Relaxa, vei; curte o momento!

A fila pro embarque estava enorme, dobrava a esquina, a unica do aeroporto, diga-se. Aceitaram o desconto beleza e me passaram pra outra menor apos gracejos e cara de gatinho do Shrek. Rapidinho tava no balcao fazendo o check-in. Por la encontrei um amigo das antigas. Definitivamente as coisas nao mudam tao facil: tava viajando pra um cenario cultural, de busca interna e espiritual num cruzeiro com Jorge e Mateus!
Em troca de uns tijolinhos no ceu (e de uma possivel interacao), dei meu lugar na janelinha pra uma moca que insistia em fotografar cada nuvem, mesma sentada no meio do corredor.
Fiquei em SP ate o meio da tarde. A pequena tava indo pra esse lado do mundo tambem, mas por outra rota - a da seda - e acabamos dando um jeito de nos encontar. Dentro em breve devemos nos ter/ver por aqui.


03 de fevereiro.

O voo foi bom, tirando que o aviao parecia um bimotor e eu mal conseguia esticar minhas pernocas rolicas. Entretenimento zero. So meu MP19, ao som do Flor, Los Hermanos, Rammstein e ao lado de uma crianca, que pelo choro full time, devia estar nas ultimas. Que Deus a tenha, amem.

Ia passar 10h no aeroporto de Joanesburgo. Aham, Claudia, que eu nao ia dar uma descidinha pra saber de qual era a da cidade. Uma vez mochileiro, sempre mochileiro. Ja havia lido que nao e o lugar ideal para perdidos no mundo sem nocao como este que vos escreve. E feio, sujo, caro e perigoso pra caralho! Alilas, abro aqui um parentese pra falar disso. Sabe aquela historia de fim do apartheid? Conversa fiada. Tem lugar que so branco entra e lugar que os negros nao aceitam aqueles. No centro,  numa especie de taxi comunitario, tentei descer pra adquirir uns mimos e fui rapidamente impedido pelo tiozao. Realmente nao ha uma so pessoa branca por la. Nenhuma! Se nao fosse pelos meus dotes negros (metafora), o moreno aqui seria um dinamarques por la. Fui no musem do apartheid – que depois da sensacao de nao poder andar livremente pela cidade – achei que nao devia existir, nao com o nome de MUSEU – nos estadios da copa que, diga-se, estao sub-utilizados, sucateados e saqueados! Tem uma rua no bairro mais popular de la, o Soweto, onde viveram os dois premios Nobel da Africa do Sul. A casa do Mandela e legal por fora. Por dentro, pra saber, tinha que pagar alguns baroes: Ficou pra proxima!

A pobreza, a corrupacao e outras coisas semelhantes as do Brasil (e as vezes aumentadas) sao evidentes por onde quer que se ande. Devo voltar pra Africa, mas pra Cape Town. Dizem ser mais turistico. Joanesburgo, por ora, fica fora do meu roteiro. Foram poucas horas por la. Minha ideia de socializar com os moradores, nativos ou nao, foi muito rapida. Pelo pouco que percebi, os negros sao meio conformados com a realidade que lhes e imposta. Se assustam quando pergunto de algumas coisas que, teoricamente, alguem de fora nao saberia. Mas isso e bom, que acaba chegando ao ponto bom da conversa mais rapido. Da pra ver a tristeza no olhar deles. Sao alegres, divertidos, sim. Mas viver sob o “auspicio”  de outros nao deve estar entre os top 10 do mundo. Seguem algumas
fotos no Facebook!

A mocinha que aparece e a Simone, galderia que conheci no aeroporto. Tava viajando pra aprender ingles. Acabamos dividindo alguns passeios e nos fazendo companhia. Como todo ser extremamento feminino, portava malas com milhoes de kg, que inclusive levantaram suspeita na imigracao. Foi tranquilo, depois de nos encherem de perguntas e me fazerem carregar o caminhao de malas dela pra cima e pra baixo. Toma, gordinho!

Proximo destino!

A.