quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Turkey leg
Final de ano: Locução adverbial temporal; masculino; época em que todos ficam TEMPORARIAMENTE bonzinhos e bobinhos(é o disfarce, é o imbecil essencial em recesso provisório. Só o vexame é autêntico num homem), fazem promessas eternas que duram cerca de 2 semanas (quando duram), se entopem de bebidas e peru (os que podem, claro) e enchem hospitais com queimaduras de 3º grau.
Apesar de recheado desses e de outros ingredientes, até gosto desse tipo de festas: nos proporcionam feriados prolongados.
Aquela história de aguentar até a meia noite do dia 24 para poder abrir os presentes também era legal. Costumava me segurar, entre dezenas de bocejos, apelando para café e água no rosto, só para não ter que chegar no dia 25, com a árvore já toda vazia, e abrir o presente sozinho, enquanto todos ainda dormiam de ressaca.
Ademais, a verdade é que passam-se os anos e continuamos os mesmos. Frágeis, fortes, desgostosos e esperançosos. Mas os mesmos. Planos aos montes para o ano que começa. Engraçado notar que eram quase os mesmos do ano passado, mas que por descuido ou qualquer outra desculpa que não cabe lembrar no momento, não puderam ser exercidos.
Dizem que o facil não é comemorado. Descordo. Mas, partindo dessa máxima, desejo a todos um final de ano decente e, que no decorrer dos próximos anos, se tenha mais motivos para comemorações. E que não aguardemos, ansiosos, o seu término.
A.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

Greetings
Eh, nao tem como mesmo postar as coisas que estou escrevendo. Vamos fazer assim: posto alguma coisa de vez em quando, a esmo, e depois escrevo um livro com as anotacoes, ok? ;)
Estou numa cidade cheia de habitantes originais da ilha, os maoris. Pessoas meio feias, mas com uma historia meio marcada. Foram meio que dizimados pelos ingleses, assim como nossos indios. Mania essa de europeu matar gente ne?!
Ah, aqui chama Rotorua. A cidade fede alizabel, enxofre mesmo, porque eh cheio de geisers supitando agua da terra. Bem chatozinho. Amanha me mando pra Taupo, ai lah sim o bungy jump vai rolar solto.
A.
ps: ando percebendo que estou procurando por respostas de perguntas que nem elas mesmo conheco.
Saudades de uma pessoa. Ela sabe quem.

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

03/12
Aqui comeca a minha, digamos, jornada. 09:57 voo de GYN-SP, comeco do aviao, poltrona 6E(mais alguma informacao?). Acordei mais cedo que o previsto. Me despedi do computador, respondendo a alguns eails. Nem havia comecado e ja estava com saudade de casa. Fui breve com despedidas, porem nao contive afagos e declaracoes ao Clark(sim, sou egoista).
No comeco tva com medo, frio na espinha, mas passou. Tomei um cha de cadeira no aeroporto para trocar meu cartao de vacina por um internacional. Deu tudo certo no final. O senhor que me atendeu depois foi muito atencioso. O voo saiu na hora prevista.

Tambem quis ser breve com minha mae, para evitar lagrima de albos os lados. Ao subir no viao, como sempre, a vi la na salinha de acenos, e, enquanto todos davam chauzinhos, fiz meu carinhoso __ para ela. Hehehehe. Nao, nao eh falta de respeito. Eh meio que combinado entre a gente para quebrar o clima tenso.
No aviao, ja pegaram meu lugar na janelinha. Fui educado, disse que nao precisava trocar, que tinha aversao altura. Na verdade, se pudesse, eu estaria na janela, mas pelo lado de fora. Vou comer. Pao com frango. Ateh!!! 10:05h

17:15 -- Saida
Voo 751 SP-Santiago
Estou comecando a gostar da coisa. Ao chegar em SP, desci com o cara que havia roubado o meu lugar. Ele eh egal. Conversamos durante o voo e passamos a tarde juntos. O voo dele para a Europa tambem saia mais tarde.
Confore o combinado e para a minha surpresa, o Nakano estava me esperando na sala de desembarque.
Bloody Mary (minha mochila) apareceu rapidamente na esteira e fomos almocar na pizza hut.
Enchemos a barriga e a conta deu uns 7 conto para cada. A tal da carteirinha de estudante aqui realmente funfa. Depois de muitas idas e vindas atravessando o aerporto(porque a lan chile era de um lado e a mitalia do Ricardo (o cara do voo) era do outro, literalmente, paramos para jogar conversa fora. Tiramos algumas fotos e espero que o Nakas tenha me mandado.

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Estou sentado no cu do aviao e na fileira do meio. Estou cercado de velhinhos orientais, com o perdao da palavra, um mais feio que o outro! E, excentricamente, o que esta ao meu lado, esta sentado em posicao de meditacao, sem o sapato e exalando um mau cheiro da porra(que nao sei se vem do pe).
A tia do alto falando nao soh fala ingles e espanhol. Ate que estou entendendo esse segundo. Achei que nao daria conta. A tripulacao parece os figurantes da escolinha do professor Girafales, aqueles que nunca falam, soh ficam rindo das besteiras do Chaves. To me sentindo lindo aqui no meio.

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Ainda sobre o aeroporto, adoro essa diversidade. Apenas dois ouvidos, mas capitando varios idiomas ao mesmo tempo, negros, brancos, amarelos e roxos para todos os lados. Criancas correndo, velhos dormindo. Cada um com um destino diferente, mas um soh proposito.

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Santiago, 4/12 06:xy
Bom dia, ou melhor, buenos dias, como se hablam aca!
O espanhol que aprendi com o Luxemburgo ate que me ajudou. Soh me comunico com ele por aqui. Desde a chegada, atea gora, entendi e falei tudo. Bom, quase tudo. Por la foi tudo certo e acabei pegando uma especie de van ate o albergue. Pessoas simpaticas me atenderm e fui logo fazendo amizade. Sai para dar uma volta pelo bairro com o Jorge(Rorrrrge para os menos desavisados) e comer algo. Ele eh um boliviano que esta por aqui por motivos de saude.
A cidade eh bonita, bem americana, pelo pouco que vi ate agora. Esse paree ser um bairro rico e aquele negocio que se pode andar tranquilamente pelas ruas a noite eh besteira. Tem gente mal encarada te olhando em muitas esquinas.

OBS: A dona aqui eh argentina e, claro, ja cheguei curtindo com a cara dela. O legal eh que ela "tambien" odeio o Maradona.
2 - Aqui ate 21h da noite ainda estah claro e quente. Depois esfria e vai ate onze da manha assim.
3 - O abergue eh um pardieiro. Se minha mae visse ia querer me tirar pelos cabelos. Bem que estranhei aquele lance de cafe da manha e internet rapida gratis que li quando fiz a reserva. Existe isso mesmo, mas.........
O entra e sai, acende e apaga a luz, etc eh irritante. Acho que vou ter que aprender a conviver com isso pelos proximos muitos dias...


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Agora estou digiando ao vivo, direito de Auckland. Soh agora tive tempo de postar esse pouquinho das muitas anotacoes que estou fazendo. Aos poucos vou colocando. INternet aqui eh muito caro. Nao posso me dar a esse luxo toda hora. Gasta tempo tb. Desculpem a falta de acento, mas o teclado nao estah configurado para eles.
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domingo, 27 de novembro de 2005

Cold
As pessoas se esquecem do que precisam fazer. "O tempo pára e a gente ainda passa correndo."
Todas as pessoas que conheci, todas as coisas que eu já fizemos. Parece que tudo acaba de uma hora pra outra. Repetindo o que o mundo diz, mas que retrata fielmente(?): anos para ser construído e milésimos para acabar.
O egoísmo é a parte central do ser humano. Em torno crescem os outros adjetivos, um a um; qualidades e/ou defeitos. Como toda ninhagem traz parte de sua origem, todas as nossas ações, pensamentos e efeitos estão, de certa maneira, ligadas ao "eu quero" máximo do ser. Originam a desimportância (se é que essa palavra existe) que damos àqueles que estão conosco.
A.

segunda-feira, 24 de outubro de 2005

Legacy
Se a história fosse minha, ninguém sairia perdendo. Não, melhor. Ninguém sairia ganhando. Colombina? A primeira a ser esquecida. Pierrot talvez tivesse chances, apesar de serem daquelas bem remotas, mas Arlequim, sim, teria o mais despretencioso dos finais: a solidão.
Ah, não quero me comparar ao Grande escritor (in memorium). Afinal, não sou tão gordo assim.
Como é de costume (sim, odeio costumes, símbolos e tradições), ressurjo sempre que dias, bons ou ruins, ficam pra trás.
A.

terça-feira, 18 de outubro de 2005

Blindness
Sob a luz de uma vela que mal consegue iluminar a si mesma, escrevo, imerso em tédio de umas 4 horas sem energia elétrica, possesso de sentimentos dos mais primitivos: a raiva e a inveja (o vizinho da casa em frente está há horas desperdiçando o que pra falta mim, arrancando barulhos ininteligíveis na maior desarmonia que em toda minha vida já presenciei).
Sim, sou escravo e dependente químico assumido das comodidades dos dias atuais. Me banir da civilização, só por opção. E é por falta dela é que me encontro aqui, de mãos atadas, vendo(ou não) meus peixes morrerem afogados(entende-se asfixiados), e com a mão esquerda doendo de tanto apertar a lúdica "lanterna azul do meu celular". Ao menos para isso ele haveria de servir um dia. Diga-se, a bateria já está pelas últimas. E o vizinho continua a lutar com seu instrumento satânico(somado à frivolidade), que repete a mesma música(?) a cada intervalo de tempo.
Ainda sobre a vela. Ela parece rir de mim. Só agora que notei seu nome: KILUZ. Eu que o diga. Kiluz, kisom, kinoite.
E vejam só! A música mudou! Aliás, não, ainda não obtivemos essa vitória. Continua a mesma, está mais lenta, bem mais lenta. Quem diria: o Rambo vencido pelo cansaço.
Ele me interrompeu, perdoe-me, velinha(bem mais inha nesse momento). Em cima do pavil parece ter um espiral meio concha de caramujo, e ao redor, claro, a sórdida chama. Lembrarei de NUNCA MAIS comprar desse esqueiro-vovô-em-pele-de-vela.
Despeço-me às escuras. Sim, de forma bem romanesca e sentimentalóide: à luz de velas(e uma só), fortemente amparada por um Neo 1999.
A.
Ps: A música voltou com força máxima.

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

Mortal
"Então tá, então". Assim tudo começou. Palavras escassas, advertidas e recheiadas de intenções. Boas intenções.
Centenas, não. Milhares. Milhares de segundos. Segundos medem tudo aquilo que escorre pelos braços, 60 vezes maiores, dos minutos. Um segundo pode durar uma eternidade. Um minuto não.
Escatologicamente idealizada. Sim, idealizada. O problema estava aí.
"Então tá, então". Assim tudo acabou.

A.

domingo, 24 de abril de 2005

Poemas não são para serem publicados

Poemas não são para serem publicados
poemas são Drag Queens
rolando piteiras em puteiros
ou somos nós,
poetas velhos de caras borradas
poetas de cinco centavos

Poemas não são para serem publicados

Poemas são para serem escritos
às vezes rasgados
às vezes guardados
Podem ser confessionais,
imorais de vanguarda
Podem ser apenas
a voz humílima do guarda
Podem ser criança

Mas em Geral
são sem esperança
de serem publicados
Poemas custam caro
e não fazem o mesmo efeito de um choque
não fazem o efeito de um baseado
Poemas não servem para trepar
nem nada

Nem sequer tente publicar seus poemas
faça-os voltar calados às gavetas
Com eles ninguém se meta

Dormirão como dormem os drogados:
tristes, gelados, pesados
mas serão sempre únicos
Sempre ineditamente mediúnicos

Sempre salvos das graças das prebendas
Sempre coisas pudendas (ainda que sujos)

Poemas, sempre úmidos
Noviços, fim de feira
maus de venda e de vida.

Não são nem mesmo um incentivo à leitura,
pois quem vai ler linhas quebradas
oriundas de alma idem?

Renata Pallottini

sábado, 12 de março de 2005

Pariah
Depois de incomensurável tempo, minha capa vermelha voltou da tinturaria. Com alguns defeitos, confesso, mas o suficiente para eu me apresentar.
Alilás, ô vidinha difícil, essa de super herói. Ingrata. Levamos a culpa sem tirar proveito.
Fortress of solitude, tô indo.
Tu tu tu tu (...)
A.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005

Sightless

Mesmo sem a total presença do mais importante dos sentidos (pelo menos pra mim), cobiço parte da minha futura atenção, mais uma vez.

Esse negócio de digitar sem olhar tinha que servir pra alguma coisa. Mas erros em potencial ainda não consigo prever.

Ainda bem que, teoricamente, só enxergo 24 quadros por segundo.

A.







sexta-feira, 4 de fevereiro de 2005

Evil

Se trocasse o nome ia ficar igualzinho! =D



Soraia - Zéu Britto



Eu queria ter um lança-chamas

Eu queria ter uma fogueira

Eu queria ter somente um fósforo

Eu queria ter uma vela acesa



Pra queimar Soraia

Pra ver torrar seu couro

Pra deixar somente o osso

exposto ao Sol



E depois da meia noite

Soraia vai voltar

Ela vem toda queimada

Se vingar. Se vingar



Eu quero ver

Soraia Queimada

Soraia Queimada

Por que Soraia me queimou



Eu queria ácido sulfúrico

E um litro de álcool Tubarão

Eu queria uma tocha iluminada

Pra deixar Soraia igual carvão



E depois da meia noite

Soraia vai voltar

Ela vem toda queimada

Se vingar. Se vingar



Eu quero ver

Soraia Queimada

Soraia Queimada

Por que Soraia me queimou.



E doeu.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2005

Hidden

Sala da Justiça, ramal 35, Mulher Maravilha falando, em que posso servi-lo? Super André saiu de manhã e não sabe quando volta. Quer deixar recado?!



I can't stand to fly, I'm not that naive, I'm just out to find the better part of me.

I'm more than a bird... I'm more than a plane.

More than some pretty face beside a train.

It's not easy to be me.



Wish that I could cry.

Fall upon my knees.

Find a way to lie.

About a home I'll never see.



It may sound absurd, but don't be nieve.

Even heroes have the right to bleed.

I may be disturbed, but won't you concede.

Even heroes have the right to dream.

It's not easy to be me.



Up, up and away. Away from me.

It's all right. You can all sleep sound tonight.

I'm not crazy. Or anything.



I can't stand to fly.

I'm not that naive.

Men weren't meant to ride.

With clouds between their knees.



I'm only a man in a silly red shee.t

Digging for kryptonite on this one way street.

Only a man in a funny red sheet.

Looking for special things inside of me.

It's not easy to be me.



Superman, Five for fighting.

domingo, 9 de janeiro de 2005

Angry

Oi?!

Alguém por aí?!

Tudo bem?

Então tô entrando...

Eu vi, eu vi. O que? Não sei, mas eu vi, juro que vi! Ah, tudo bem. Ninguém disse que você não viu. Ah bom. Mas aí, o que você conta? Não sei, nada de mais. E aquela viagem? Ah, talvez sáia, talvez não. E sua família? Tá bem. O emprego? Ah, também tá. Então é só isso? Tá, não tá ou tá talvez? Não sei, acho que sim. Então tchau. Ah? Então tá, tchau.



Bu! Voltei. Detesto pessoas que conversam assim. Conheço aos montes. Não vou citar nomes. Sabem de quem estou falando.

Viajar por 13 meses? Estranhão...

A.