sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Letargius preguiçoides

"Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade."
Bom Conselho - C. Buarque

Me impressionei-me comigo essa semana: fui 4 dias à faculdade. Se-gui-dos! Segunda, terça, quarta e quinta. Mesmo estando de mal daquele lugar! Concordem comigo que hoje, sexta-feira, véspera de dois dias de trabalho de 12hrs cada, eu mereço descanso.
É, estou chateado com a vetusta, sim. Emburrado quinem criança.
Não, nenhum motivo em especial. É que ainda preciso me adaptar à essa rotina; não é fácil voltar pra sala de aula depois de já brutalmente estuprado pelas pregas do tempo 5 anos em uma universidade. Aguentar professor lendo coisinhas com os alunos, dando estrelinhas de bom menino, fazendo chamadinha. Ai que cãibra! Às vezes a baixa faixa etária da minha sala (e do curso de direito em si da ufg) me preocupa um pouco. Eu não tinha maturidade alguma quando entrei na computação que, por si só, não era um "curso da moda". Imagino o pessoal de hoje fazendo os direitos e medicinas da vida por imposição, só pra concursos ou pelo gramooouur.
E na boa: direito(como muitos outros cursos) não precisa de aula presencial. Se fosse cirurgia, ou áreas afins, tudo bem. Particularmente, aprendo muito mais em casa. Já dizia o gran macho, hulk-mor Renato Russo que disciplina é liberdade.

Essa semana, por ter me doado aos estudos, não pude me dedicar muito aos relatos da Pata. Pra quem ainda não sabe, faço planos de descer de carro até a Patagônia, mais especificamente até Ushuaia(procure no mapa, mas não se assuste). É, todos sabem que gosto desses programas uga-uga. Pra mim, quanto menos informações, verbas e família perguntando, melhor. Bloody Mary, minha mochila, já tá que não se aguenta no armário. Mais informações aqui futuramente. Ou quando eu for, sei lá!

Me deu fome. Outro dia escrevo mais!

Beijos pras loiras!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

HQEH

Acho que naquela fila que deus faz pra distribuir missões, expiações, dons e privilégios, recebi apenas uma ordem: "Você será homem!". Fiz a besteira de retrucar o todo-poderoso. Ô, Barba, aí não, né? O senhor está muito obsoleto. O mundo hoje é gay! Vai ser duro ser macho desse tanto. O grande sábio do universo, conhecedor de tudo, sabedor de todos os pensamentos, compadecendo-se de mim, completou: "Além de homem, vc será HQEH". Aí eu me fudi de vez!

Com o passar do tempo vi que hoje eu até agradeço. Aliás, se o velho barbudo me fez um favor, foi esse! Não estou falando da minha hérculea masculinidade, dos meus poros que transpiram testosterona com açaí ou inquestionáveis dotes capazes de proporcionar prazeres infinitos a uma baleia azul, mas do meu jeito HQEH de ser. (HQEH - homem que é homem). Não sabe o que é HQEH? Depois que ler o meu texto, leia esse aqui.

Antes que os mais afeminados se exaltem, aqueles que curtem Justin Biber, dão risadinhas "kkkkk" no msn, batem o pezinho quando ouvem Go West do Pet Shop Boys ou choram no final de filmes românticos, eu já adianto: ter a trissomia YYY não é fácil!

Pra vocês terem uma idéia, não me lembro da última vez que comprei roupas pra mim. Tirando meus tênis de basquete, minha camisa preta do Schweinsteiger e minha cueca do Tigrão amigo do ursinho Puff, deve ter anos que não faço compras. Sou tão HQEH que a locução "fazer compras" já me soa altamente homossexual. Aliás, eu deixei de compras meus filmes do Charles Bronson na Amazon porque tinha uma mensagem "boas compras". Deus, pra evitar que eu só andasse de havaianas trocadas e camisa do cartão de crédito, me deu mãe, irmã e tia que me gracejam com roupas legais. Embora, muitas das vezes, me recuso a usar ao ver a quantidade de casas decimais que alguns pedaços de pano custaram.

Escrevo sobre isso hoje, após acontecido um fato que me fez pensar sobre o assunto: depois de chegar cansado da academia(coisa de HQEH), sentei o braço num bule de café. Pras pessoas normais, a visão do inferno. Era aquela gosma preta fedida pela cozinha inteira. Pra mim, HQEH, apenas mais uma de amor. "Mãe, tô atrasado pra faculdade. Fiz uma arte aqui, se a senhora não se importar, quando eu chegar eu limpo. Senão, amanhã a diarista vem e dá o grau".

Sobre o meu quarto: pior que puteiro cubano. Ok, não é tanto assim: A bandeira da Austrália e o quadro do Che dá pra ver logo que entra. Às vezes, a televisão grande e o saco de areia com o emblema da SWAT ficam meio camuflados entre as roupas sujas, as limpas, os travesseiros, a toalha de banho molhada e a Jenny, minha boneca inflável. Dia desses, o Clark Antonio, meu pitbull anão, foi dado como perdido por 3 dias até eu resolver arrumar o quarto. Sobreviveu comendo Doritos  do mês passado que tinha no chão.

Devido à minha desenvoltura atlética, cara de macho e braços fortíssimos(HQEH), algumas namoradas me cobram saber dançar. Aliás, muitas têm a presunção de falar que para atingir a perfeição, só falta dançar. Que absurdo, não é mesmo? Eu sei dançar. E muito bem! Só não gosto de deixar os outros sem graça na pista. E vou dizer mais: HQEH não dança! John Wayne não dança. Arnold Schazeneger não dança. Arnold mal sabe andar! Dança foi uma coisa feita para as fêmeas atraírem seus machos. É uma forma de cortejar, galantear. Enquanto as fêmeas dançam, os machos compram carros caros. Prova nata de que deus foi totalmente desproporcional para com a espécie detentora do pinto.

Uma das minhas paixões, digo, dos meus vícios(porque paixão não é coisa de HQEH), é o meu playstation. Tiros, explosões, gols de bicicleta, xingamentos, tacar o controle na parede. Tudo isso é coisa de HQEH. Zuar o cunhado? HQEH²! Não confundam: Se vc joga Mário Kart, Guitar Hero e Nintendo Wii vc não é HQEH. Vc é veado.

Deus, a natureza, o cosmos ou a evolução, como queiram, pra balancear toda a minha macheza, brindou-me com uma "falha". O futebol. Sim, HQEH gosta de futebol. Para eu não ficar muito à frente de Hulk, Lion dos Thundercats, O vingador e o Rambo na escala Richter de Machice, eu não gosto de futebol. Antes que vcs soltem um "hmmmm, boiola", explico: Só de pensar naqueles negões suados se abraçando na torcida no momento do gol, em homens tirando a camisa pra comemorar e num cara homoafetivo que fica agitando uma bandeirinha a cada falta, me dá um puta cãibra! Altamente gay. Quer um esporte de verdade com contato físico, tentem o rugby.

A essa altura, as feministas de plantão, aquelas que não se depilam, que acham cult fazer passeatas usando broches do PT, que ficam chupando o dente na fila pra pagar o almoço, já fecharam o meu diário. Pra vc que aguentou firme, na esperança de ver em mim uma ponta de sensibilidade, humanismo ou alguma outra característica duvidosa, chegou a sua vez. Eu não sou um ogro; sei bem a diferença de macho pra machão.

Ainda sou adepto de coisas que acho que nunca deveriam mudar: tenho costume de dar flores, abrir a porta do carro pras moças e não me esqueço de datas que elas arbitram como importantes num relacionamento. Tirando atendentes da Vivo, nunca gritei com mulheres; nunca bati numa fêmea que não a Sheeva do Mortal Kombat 3 ou troquei palavrões senão com a Adriana, a filha da minha mãe.
Não sei se definiria como o sexo frágil. Talvez como o delicado. Questão essa que quando falo que mulher não sabe dirigir, não estou sendo machista. Não é bem questão de não saber, mas de não estar preparada pra algo que requer certa brutalidade intrínsecas aos homens e, principalmente, aos HQSH. Dentre outros exemplos que eu poderia aqui citar. Não, mulher não tem o pé pequeno pra encaixar melhor no fogão.

O post já se estende por mais que o esperado. Não me é comum sobredizer as palavras aos pensamentos, mas aqui se fazia preciso. Peço desculpas às bibas e às feministas, cujo melhor movimento é o dos quadris. Um abraço efusivo pra todos e boa noite!

A.