terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mais um fim de ano

Gosto muito de reclamar das coisas, ponho defeito em tudo e procuro detalhes. Mas se tem uma coisa que eu faço bem, também, é elogiar.

A vida me proporcionou um ano FODA! Muito bom. Com vitórias e superação em cima de muita coisa. Nem só delas, claro, como prova, minhas duas últimas semanas não foram das melhores possíveis. Mas nem por isso posso deixar de falar que 2010 foi, talvez, o ano que separou águas, como dizem por aí, e que minha vida se dividirá em antes e depois dele.

Separando em partes, na vida financeira foi tudo bem, empregos, concursos, tudo deu muito certo. Comprei carro novo, coisas de última geração e outras merdas aí que só serviram pra me provar que eu não gosto disso! Nasci simples e vou morrer assim.

Vida profissional entra no financeira? Sei lá! Digamos que sim. Chutei de vez a computação do meu existir. Computador, pra mim, é só pra e-mail e conversar com os amigos. No máximo um Brasileirinhas! O emprego em que estou não é nem de longe o meu preferido, mas é o que eu tenho por agora e me satisfaz bem: trabalho pouco, ganho bem pro que faço e não me exige mentalmente. Final do mês meus centavos estão certinhos na minha conta! Funcionalismo público: Love you, buddy!

Amores? Cara... 2010 foi o melhor nisso. Aprendi que há diversas maneiras de amar. Aquilo que vemos nos livros, nos filmes, nos catálogos da Renner... Isso existe! Fiz amigos pra vida inteira. Pessoas fodas, pessoas que estarão comigo quando o mundo acabar (principalmente se for em cachaça). Percebi que algumas coisas acontecem (às vezes ruins) para que você conheça pessoas, que às vezes você precisará delas logo ali, ou daqui um tempo. Ou talvez pra vida inteira. E, acredite: valerá a pena.

Tenho aprendido que os sentimentos se separam, na maioria das vezes e que se vc não souber diferenciá-los, você se fode. Que às vezes o amor se mistura com a raiva, e com a posse, e você não percebe, chamando isso de paixão. Como diz o lovesong Flerte Fatal, isso vai te consumir... Vai ficar ceguinho, ceguinho. E quando não tiver mais pra onde escapar, vai explodir. Aí sim alguém vai se estrepar.

Acho que já falei isso em algum lugar desse blog, mas pra mim, a vida é como um trem: as pessoas entram e saem dele a toda hora. Às vezes elas ficam algum tempo, mas sempre vão descer em algum ponto. E você precisa estar preparado pra isso. Pode ser que lá na frente ela suba de novo. Outras subirão e descerão o tempo todo, serão ótimas amizades, grandes amores, mas vc precisa entender que não são seus. E não pense que é porque tô escrevendo isso que aceitei essa realidade. Na maioria das vezes, ainda me dói. Quem sabe daqui a muitas vidas, vou chegar ao ponto de entender que "depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E que beijos não são contratos e que presentes não são promessas"! É parte de um texto tido como escrito por Shakespeare, mas acho que não é dele.

Kizze!

A.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Galináceos e pervas de minha vida,

dessas semanas pra cá, confirmei algo que tinha comigo desde que eu era apenas um pequeno nariz: Não tenha contatos; tenha amigos.
Nessa de querer fazer milhares de coisas ao mesmo tempo, como diz minha vó, acabei por me enrolar nos cabelos da própria perna. Fiquei doido! Afazeres que levam, em média, 2 meses, fiz em 2 semanas. Outros que pedem 5 meses, fiz em 8 dias. O motivo por eu não estar postando de um sanatório vestindo uma camisa branca PP lavada com Omo se deve aos meus super miguxos.
Com telefonemas, emails, explicações e súplicas, reuni em alguns minutos uma turma de super-heróis que me ajudaram ao longo desses dias no que foi possível. Até agora, se tudo está dando certo, grande parte do mérito é de vocês. Fica aqui meu muito obrigado! :)

O final do ano se aproxima. Dá pra ver pelo clima tenso da faculdade, pelo mau humor de começo de horário de verão e pelas portas de lojas se enfeitando para o Natal. É uma época de que, pessoalmente, gosto muito. Me lembra feriados, comida, amigos e reflexões.
Falando nisso, esse feriadão último que teve, trabalhei todos os dias pelo menos 12 horas. Deu pra pensar um tanto nos rumos que minha vida tem tomado. Alilás, adoro me contradizer: vieram coisas e conceitos novos e algumas das idéias que eram concretas não existem mais. Como dizia Raul, "duas horas da manhã recebo nos peitos um triptanol 25 e vou dormir quase em paz." Essa musga está na minha cabeça desde o começo de toda essa muvuca.

Eita, preciso desligar. Depois continuo a escrever.

Ósculos.

domingo, 24 de outubro de 2010

Mais uma!


Olá, homosexuais de plantão! Hoje obtivemos mais uma vitória! Preciso ser rápido, não tenho muito tempo pra escrever. Perdoem a falta de detalhes!

Sexta passada fiquei sabendo que fui chamado para a prova física de um concurso federal. André, como vc não se preparou antes, camarada? Me preparar como, se eu tinha chutado metade das questões que valiam peso máximo? Fato é que acertei 90% delas e lá estou bem classificado, entre os primeiros! Sábado, então, começava minha saga.

Durante a semana não consegui correr no tempo hora nenhuma. Tudo doía, as pernas cansavam, não entrava ar. Era a mesma prova que a policia federal tem que fazer. Quer mais?

Já sabendo que se eu continuasse a treinar ia me machucar, não ia dar conta e abalar meu emocional, chutei no último treino e descansei sexta e sábado! Sempre com pé atrás pensando que poderia estar treinando. E ontem, pra piorar, tive uma discussão com a namorada. Ai que pensei não dar conta mesmo.

Amanheceu chovendo, muito frio, sair da cama 6h pra ir CORRER não era a idéia de um fds legal. Mas fui. Lá tinha um monte de gente querendo me por pra baixo. Falando que não ia dar, pra que que a gente tava lá, que a pista tava molhada e mimimi. Fui pro ringue. O fiscal não me deixou usar o cronômetro! Como eu ia ter noção de como eu tava indo? Se podia ir mais devagar ou se teria que ir mais rápido? Paciência.. Ja tava dando tudo errado mesmo.

Nao teve um do lá sí e já! A buzina tocou sem ninguém estar  preparado. Vamo que vamo.Garrafinha d'água na mão é claro! Cansei na primeira volta (eram 6 de 400m). Uma dor que eu não tinha sentido antes. Devia ser por causa da tensão.  E eu acreditando que a adrenalina ia me ajudar. Hormônio desgraçado! Esvaziei metade da garrafa. Pessoal já tava lá na frente. Alguns (aqueles que não iam dar conta mesmo) pra trás. Fazendo de tudo pra não perdê-los de vista. Mas não adianta. A briga era comigo, não com eles. 2 voltas. Tô arrastando de dor. Não vou dar conta. Desiste, André. Não, vou completar a 3a, daí eu paro. 3, ainda tô respirando. Mas não dava mais. Ou eu andava ou desabava no chão. Andei por uns 10 seg. Esvaziei mais um tanto da garrafa. Nao tinha noção do tempo do relógio. Se eu perder, vou perder como homem. Corri mais uma volta. Tive que andar de novo. Não tava dando de novo. Da 5a pra 6a eu ja achei que a buzina fosse tocar de novo porque eu tava demorando muito. E na MESMA hora o primeiro lugar passou por mim completando a 6a volta dele. Terminou pra ele. O fiscal vira e fala: amigo ai de azul, vc pode parar, terminou pra vc. E ele: Não, vou dar mais uma volta pra descansar. Deus me falou: O seu gordo burro, tá vendo esse careca ai que te deu uma volta? Segue ele que vc vai conseguir.  Mas segue que nem homem, PORRA! Vc tem que me ajudar a te ajudar!

Coleguinhas do céu. Imagina duas perninhas doendo! Nao importei com isso na hora. Estiquei igual quando vc vai contar passos largos. Grilei de vez com a garrafa e joguei ela no meio da grama! Não corri. Sai pulando, na verdade, igual salto triplo. E a pista nao andava. E eu corria mais. Adentrei a ultima reta. E a buzina nao tocou. Pensei: Porra, vai dar, vai dar, vai dar! Caralho, DEU! cruzei a linha. Perdi os sentidos. Cai no chão fora da pista, na grama. A buzina tocou depois de uns 5 seg, eu imagino. Vieram os paramédicos gritando: volta pra pista, volta. Acho que um dos fiscais no começo da prova tinha dito que se fôssemos cair era pra cair na pista. Eu me arrastei até ela. E me levantei. Eles ficaram olhando pro gordinho e eu tentando me equilibrar, quinem seu pai quando chega chumbado em casa tentando acertar o buraco da fechadura. Só lembro de ter perguntado se aquele lugar tava bom pra eu cair, já que na grama não podia. Esse pessoal do Greenpeace, vou te contar. A moça vendo minha situação: Vai, cai ai logo. Desabei. Quando abri o olho, vi um cabelo loiro, uma moça linda com aquele galão de oxigênio perto de mim. Pensei: ai, morri e tô no céu. É uma anja que veio me buscar. Mas anjo não tem roupa! Cadê papai do céu? Ai vi um negão 3x2 do lado dela e logo afastei na hora. Anticlimax fudido! Vai que a respiração boca a boca era com aquela coisa horrenda. Mugi algo como: to bem, nao preocupem. Mas é igual viciado em droga, né? Tá caindo de tonto e fala que tá bem.

O anjo loiro falou pra eu respirar, eu acho, pra continuar deitado. Olhei por cima do ombro e o pessoal(aprovados e não aprovados) ja tavam indo embora. Porra, andré, que vergonha, meu irmão. Que ceninha idiota. Levanta essa bunda gorda dai e vai comemorar. A mocinha me ajudou a levantar, a tirar o barro das costas até eu ir ver a prancheta com a indicação de aprovação. Sei que eu queria dar um beijo no fiscal. Eu não sabia se chorava, se procurava o celular na mochila pra mandar msg em massa, se tomava água. Aliás saliva era uma coisa que eu não tinha desde os primeiros 100m. Acho que me dei por mim quando cheguei no estacionamento.

Acho que Deus tá meio fora de forma pra correr tbm. E nessa mandou o careca que deu uma volta a mais pra me ajudar. Não tem cabidura um cara fazer uma prova exaustiva daquele jeito e correr 1/6 a mais pra fazer graça. Agora tô deitado, acabei de comer horrores, beber muito refrigerante e empaturrar de chocolate, coisa que eu nao fazia há 1 semana, pra emagrecer e ajudar o coração nas corridas. Pelo visto adiantou! Assim que eu soltar esse teclado, devo desmaiar nessa cama. A sensação de vitória e principalmente a de autosuperação é indescritível. Eu não pensava no salário, no futuro profissional, em deixar o emprego chato quando eu estava correndo, mas nos amigos. A cada passo dolorido que eu dava eram as pessoas que eu amo me falando pra não desistir. Confesso que durante a semana toda e em boa parte da corrida eu fraquejei. Mas graças a Deus, Che Guevara, o Cosmos, forças divinas do Olimpo, chamem do que quiserem,  fui agraciado com a vitória. É mais uma que a vida usa pra me cutucar e me chamar de homem de pouca fé!

Beijos a todas e peitinho nos bibas!

A.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Olá, meus caros e baratos leitores.

Falando em barato, é pensando em você que as linhas de hoje estão sendo feitas. Você que não vale o que o gato enterra, que não honra suas calças e que não vale 1 vintém furado. Que cresce na vida às custas dos outros, que faz caridade com o chapéu alheio e goza com a caceta dos outros! Sim, parabéns, você ganhou um post aqui no Diário!

Saiba, seu bobo filho de puta com viado, que o mundo só está assim hoje, pobre e fudido, porque existem pessoas como você. Meu pai já dizia que um dos piores erros da natureza é a incompetência não doer!

Desdobrando e explicando a penetração introdução acima, ontem, domingo de sol e calor (fui para o clube beber e cantar, by Zezé), fui trabalhar numa carreata política. Já tinha visto alguns colegas motociclistas fazerem esse trabalho idiota, mas euzinho, 80kg de pura gostosura, foi a 1a vez. Sim, perdi o lacre da pior maneira possível!
Qual o meu/papel dos colegas em uma carreata? Permitir os filhas-da-puta participantes o que é proibido para os cidadãos de bem. Sim, eu que me gozo orgulho de ser o certinhobatráquiocabriocáriosuperandré recebendo meu humilde salário pra fazer o que é errado.

Cara, e é um circo felomenal! Com direito a abertura das cortinas e aplausos do público de pé.
Uma caterva de puxa-sacos dentro de seus veículos plotados de rostos angelicais supersorrindo apertando a buzina. Aliás, descobri ontem que foi o diabo quem fez esse instrumento! Fui obrigado a acompanhá-los e a  permitir que avançassem os semáforos vermelhos e a atrapalhassem a vida de centenas de moradores/condutores inocentes por onde a horda passou. E sabe o que é mais legal em tudo isso? Que alguns dos colegas motociclistas citados ali em cima estavam participando dessa corja toda aí, de graça, em busca de um potencial favor.

Propaganda política na TV, receber meia dúzia de reais pra ficar segurando um pau com a cara de um filha da puta desses, pregar adesivinho escondido no carro dos outros, participar dessas carreatas imbecis por causa da promessa/garantia de algum benefício? Ah, valhe-me deus. Puxar saco nunca fui comigo. Aliás, quando criança, na hora de apanhar, que é a hora mais temida por um filho, eu subia a voz na tentativa de intimidar o meu gran-agressor, ao invés de adulá-lo e pedir clemência, na tentativa que ocorresse um abrandamento e intervenção divina no peso da havaiana de pau. Não é depois de velho que vou tentar agradar alguém em troca de alguma coisa. Pra mim, um bando de ratos sujos correndo atrás de um pedaço de queijo podre.

E como se já não bastasse tudo isso que, na maioria das vezes, é subsidiado com o dinheiro dos impostos daqueles que trabalham, muitas coisas são deixadas de lado pra custear o espetáculo. Exemplos? Nessas épocas de eleição faltam combustíveis nos carros de órgãos do estado porque são destinados a abastecer a turma que se propõe a participar da carreata. Participou? Teve o tanque cheio! Os agentes de trânsito têm seus palmtops e blocos detidos pra não autuarem os cidadãos e comprometer o voto do candidato do governo atual.(DICA: O órgão fiscalizador  de trânsito está assim, caros condutores, cometam infrações à vontade até o dia 03 de outubro que nada lhes ocorrerá, eu AGARANTCHO!). Fico pensando se um dia eu precisar ligar pros bombeiros socorrerem um parente meu que está morrendo, mas não tiver gasolina pra chegar até aqui, porque foi usada na carreata do político tal.

Entendo agora, Victor Hugo, quando escreveu Os miseráveis.

Sem beijos por hoje.

A.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Letargius preguiçoides

"Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade."
Bom Conselho - C. Buarque

Me impressionei-me comigo essa semana: fui 4 dias à faculdade. Se-gui-dos! Segunda, terça, quarta e quinta. Mesmo estando de mal daquele lugar! Concordem comigo que hoje, sexta-feira, véspera de dois dias de trabalho de 12hrs cada, eu mereço descanso.
É, estou chateado com a vetusta, sim. Emburrado quinem criança.
Não, nenhum motivo em especial. É que ainda preciso me adaptar à essa rotina; não é fácil voltar pra sala de aula depois de já brutalmente estuprado pelas pregas do tempo 5 anos em uma universidade. Aguentar professor lendo coisinhas com os alunos, dando estrelinhas de bom menino, fazendo chamadinha. Ai que cãibra! Às vezes a baixa faixa etária da minha sala (e do curso de direito em si da ufg) me preocupa um pouco. Eu não tinha maturidade alguma quando entrei na computação que, por si só, não era um "curso da moda". Imagino o pessoal de hoje fazendo os direitos e medicinas da vida por imposição, só pra concursos ou pelo gramooouur.
E na boa: direito(como muitos outros cursos) não precisa de aula presencial. Se fosse cirurgia, ou áreas afins, tudo bem. Particularmente, aprendo muito mais em casa. Já dizia o gran macho, hulk-mor Renato Russo que disciplina é liberdade.

Essa semana, por ter me doado aos estudos, não pude me dedicar muito aos relatos da Pata. Pra quem ainda não sabe, faço planos de descer de carro até a Patagônia, mais especificamente até Ushuaia(procure no mapa, mas não se assuste). É, todos sabem que gosto desses programas uga-uga. Pra mim, quanto menos informações, verbas e família perguntando, melhor. Bloody Mary, minha mochila, já tá que não se aguenta no armário. Mais informações aqui futuramente. Ou quando eu for, sei lá!

Me deu fome. Outro dia escrevo mais!

Beijos pras loiras!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

HQEH

Acho que naquela fila que deus faz pra distribuir missões, expiações, dons e privilégios, recebi apenas uma ordem: "Você será homem!". Fiz a besteira de retrucar o todo-poderoso. Ô, Barba, aí não, né? O senhor está muito obsoleto. O mundo hoje é gay! Vai ser duro ser macho desse tanto. O grande sábio do universo, conhecedor de tudo, sabedor de todos os pensamentos, compadecendo-se de mim, completou: "Além de homem, vc será HQEH". Aí eu me fudi de vez!

Com o passar do tempo vi que hoje eu até agradeço. Aliás, se o velho barbudo me fez um favor, foi esse! Não estou falando da minha hérculea masculinidade, dos meus poros que transpiram testosterona com açaí ou inquestionáveis dotes capazes de proporcionar prazeres infinitos a uma baleia azul, mas do meu jeito HQEH de ser. (HQEH - homem que é homem). Não sabe o que é HQEH? Depois que ler o meu texto, leia esse aqui.

Antes que os mais afeminados se exaltem, aqueles que curtem Justin Biber, dão risadinhas "kkkkk" no msn, batem o pezinho quando ouvem Go West do Pet Shop Boys ou choram no final de filmes românticos, eu já adianto: ter a trissomia YYY não é fácil!

Pra vocês terem uma idéia, não me lembro da última vez que comprei roupas pra mim. Tirando meus tênis de basquete, minha camisa preta do Schweinsteiger e minha cueca do Tigrão amigo do ursinho Puff, deve ter anos que não faço compras. Sou tão HQEH que a locução "fazer compras" já me soa altamente homossexual. Aliás, eu deixei de compras meus filmes do Charles Bronson na Amazon porque tinha uma mensagem "boas compras". Deus, pra evitar que eu só andasse de havaianas trocadas e camisa do cartão de crédito, me deu mãe, irmã e tia que me gracejam com roupas legais. Embora, muitas das vezes, me recuso a usar ao ver a quantidade de casas decimais que alguns pedaços de pano custaram.

Escrevo sobre isso hoje, após acontecido um fato que me fez pensar sobre o assunto: depois de chegar cansado da academia(coisa de HQEH), sentei o braço num bule de café. Pras pessoas normais, a visão do inferno. Era aquela gosma preta fedida pela cozinha inteira. Pra mim, HQEH, apenas mais uma de amor. "Mãe, tô atrasado pra faculdade. Fiz uma arte aqui, se a senhora não se importar, quando eu chegar eu limpo. Senão, amanhã a diarista vem e dá o grau".

Sobre o meu quarto: pior que puteiro cubano. Ok, não é tanto assim: A bandeira da Austrália e o quadro do Che dá pra ver logo que entra. Às vezes, a televisão grande e o saco de areia com o emblema da SWAT ficam meio camuflados entre as roupas sujas, as limpas, os travesseiros, a toalha de banho molhada e a Jenny, minha boneca inflável. Dia desses, o Clark Antonio, meu pitbull anão, foi dado como perdido por 3 dias até eu resolver arrumar o quarto. Sobreviveu comendo Doritos  do mês passado que tinha no chão.

Devido à minha desenvoltura atlética, cara de macho e braços fortíssimos(HQEH), algumas namoradas me cobram saber dançar. Aliás, muitas têm a presunção de falar que para atingir a perfeição, só falta dançar. Que absurdo, não é mesmo? Eu sei dançar. E muito bem! Só não gosto de deixar os outros sem graça na pista. E vou dizer mais: HQEH não dança! John Wayne não dança. Arnold Schazeneger não dança. Arnold mal sabe andar! Dança foi uma coisa feita para as fêmeas atraírem seus machos. É uma forma de cortejar, galantear. Enquanto as fêmeas dançam, os machos compram carros caros. Prova nata de que deus foi totalmente desproporcional para com a espécie detentora do pinto.

Uma das minhas paixões, digo, dos meus vícios(porque paixão não é coisa de HQEH), é o meu playstation. Tiros, explosões, gols de bicicleta, xingamentos, tacar o controle na parede. Tudo isso é coisa de HQEH. Zuar o cunhado? HQEH²! Não confundam: Se vc joga Mário Kart, Guitar Hero e Nintendo Wii vc não é HQEH. Vc é veado.

Deus, a natureza, o cosmos ou a evolução, como queiram, pra balancear toda a minha macheza, brindou-me com uma "falha". O futebol. Sim, HQEH gosta de futebol. Para eu não ficar muito à frente de Hulk, Lion dos Thundercats, O vingador e o Rambo na escala Richter de Machice, eu não gosto de futebol. Antes que vcs soltem um "hmmmm, boiola", explico: Só de pensar naqueles negões suados se abraçando na torcida no momento do gol, em homens tirando a camisa pra comemorar e num cara homoafetivo que fica agitando uma bandeirinha a cada falta, me dá um puta cãibra! Altamente gay. Quer um esporte de verdade com contato físico, tentem o rugby.

A essa altura, as feministas de plantão, aquelas que não se depilam, que acham cult fazer passeatas usando broches do PT, que ficam chupando o dente na fila pra pagar o almoço, já fecharam o meu diário. Pra vc que aguentou firme, na esperança de ver em mim uma ponta de sensibilidade, humanismo ou alguma outra característica duvidosa, chegou a sua vez. Eu não sou um ogro; sei bem a diferença de macho pra machão.

Ainda sou adepto de coisas que acho que nunca deveriam mudar: tenho costume de dar flores, abrir a porta do carro pras moças e não me esqueço de datas que elas arbitram como importantes num relacionamento. Tirando atendentes da Vivo, nunca gritei com mulheres; nunca bati numa fêmea que não a Sheeva do Mortal Kombat 3 ou troquei palavrões senão com a Adriana, a filha da minha mãe.
Não sei se definiria como o sexo frágil. Talvez como o delicado. Questão essa que quando falo que mulher não sabe dirigir, não estou sendo machista. Não é bem questão de não saber, mas de não estar preparada pra algo que requer certa brutalidade intrínsecas aos homens e, principalmente, aos HQSH. Dentre outros exemplos que eu poderia aqui citar. Não, mulher não tem o pé pequeno pra encaixar melhor no fogão.

O post já se estende por mais que o esperado. Não me é comum sobredizer as palavras aos pensamentos, mas aqui se fazia preciso. Peço desculpas às bibas e às feministas, cujo melhor movimento é o dos quadris. Um abraço efusivo pra todos e boa noite!

A.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Holly shit

Quando criança, aprendi com meu pai que um dos piores erros da natureza era incompetência não doer. Fato que venho comprovando ao longo de todos meus 25 anos de sonho e de sangue e de América do sul.
Pra citar exemplos, segunda-feira passada trabalhei 12 horas, o dobro do que me é normal; estava a cobrir(no mau sentido) uma amiga. O "supervisor" dela é diferente do meu.

Entende-se por esse profissional alguém que teve a boca grande e gostosa o suficiente pra puxar(?) o saco de algum político e conseguir a indicação para o tal cargo mencionado. Ou seja: não se exige qualquer habilidade intelectual para que se cresça no órgão em que sou concursado. Bom, né? Depois perguntam o porquê da merda do funcionalismo público tupiniquim.

O poço de conhecimento que chamarei de Jegue de Tetas, sei lá porque xongas d'água, me enfiou numa latada junto com uns amigos pra acompanhar uma obra ao lado do Serra Dourada. A Saneago e mais algumas superintendências, autarquias, o diabo a quatro, estavam lá quebrando a rua pra fazer porra nenhuma melhorar as condições da população local. Era um serviço grande pra simples novatos. Já estava anoitecendo. Não havia sinal de que outra turma estava a postos pra nos substituir quando desse nosso horário.

O "supervisor" não deu sinal de que apareceria lá para nos instruir ou sequer ficar de papagaio de pirata nos olhando. Moral: tivemos que fechar algumas ruas sozinhos, sinalizar sozinhos, aguentar o caos que aquele bairro suporta às 18hrs sozinho e com um monte de patrola, pedreiro e condutor fazendo barulho em nossas cabecinhas. Se acontece qualquer pepino, pra não dizer um atropelamento, uma batida ou morte de algum funcionário, de quem é a culpa? De nós que estávamos lá tentando ajudar num papel que nem é nosso, ou do "super" que é pago pra fazer aquilo e que mal respondia-nos no rádio? Deixo a resposta pra vocês.

Tirando a dor de cabeça disso tudo, cheguei em casa bem. Bem cansado, bem puto e bem sujo de terra. Tinha poeira até no toba. Era pra eu chegar às 18hrs. Cheguei quase 19, porque o dito cujo não havia se programado pra enviar reforço lá pro diabo da obra. Enfim, isso aqui foi só pra deixar o meu protesto. Morte à falta de habilidade nata de raciocinar o básico.

Um dos meus papéis no mencionado inferno aí em cima, foi fechar uma rua. Simples, estreita, normal por natureza. Pra garantir, usei 6 cones e duas placas ENORMES com o dizer "Trânsito impedido". Contei em 18 minutos que fiquei lá, 12 carros que pararam na minha frente e perguntaram se a rua estava fechada. Cara, 6 cones e 2 outdoors escrito que estava fechado. Depois do quinto carro e da minha paciência tibetana dos monges do sul da Malásia irem obra abaixo, seguem algumas das minhas argumentações:

P: Oi, boa tarde. A rua está fechada?
R: Não, não está fechada. Os cones e as placas estão aqui servindo de obstáculo pro senhor vir com seu veículo e pulá-los. O condutor que pular mais longe ganha pirulito.

P: Oi, seu policial. O trânsito está impedido por esses cones?
R: Sim, está, sim, meu amigo. Mas não são cones. São jogadores da Holanda fazendo um rachão. Vai Robben, toca a bola, tô livre, porra!

P: Boa tarde. Os cones estão aí pra falar que a rua está fechada?
R: Não. Estão aqui pra eu brincar de dança da cadeira gaúcha. Quando a música pára eu corro e sento em cima de um deles. Quando recomeça eu tiro um deles e a brincadeira continua.

P: Oi, estou vendo que a rua está fechada. Não quero dar a volta no quarteirão, vc pode liberar só pra mim?(duzentos carros atrás buzinando).
R: ...

Pois é, meu caros. Meu trabalho é tranquilo, mas nessa de que o Barba me enviou a passeio na terra, entre uma e outra, Ele me prega algumas. Mas vou levando assim, apertado assim, colado assim, calado assim.

Abraços efusivos!

A.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sneijder Van Bommel Van der Saar da Silva

E aí, patetas? Vão continuar usando aquelas bandeirinhas ridículas no carro ou patriotismo acabou? Nesse momento o Ronaldinho Gaúcho está tentando ligar para o Dunga, mas ele não atende. Por que será?
Seguem razões pra vcs não ficarem chateados com a eliminação do selecinha:

- A camisa do Brasil vai cair de absurdos R$179,90 para R$9,90 (e em 3x. Se pagar a vista vem com chaveirinho do Robben).
-
- Prefiro ver na tv os peitos das loiras holandesas do que das mulatas cariocas.
- Vou poder continuar repetindo que era pra ter levado o Ronaldo Bacons.
- Don Diego Maradona está tomando uísque e fumando charuto enquanto você chora.
- Acabaram as vuvuzelas e os foguetes na hora do meu sono à tarde.
- Het heeft hart (Haja coração, em holandês).
- O PIB vai aumentar 0.000043% com o final dos feriados em julho.
- Se na copa o Brasil não anda, a Holanda (ok, essa foi podre!).
- Na Holanda, a maconha é legalizada. Será mais um argumento para que o Brasil legalize. Não haverá mais morro pobre no RJ.
- Luís Fabi quem?
- Felipe Melo não nasceu. Foi expulso da barriga.
- Quando o juiz apita, Felipe Melo entende como Round 1, FIGHT!


Pra provar que nem tudo é lágrima, faltam aproximadamente 1462 dias para a copa de 2014. E pasmem: Até agora o Brasil, mesmo tomando o nabo que tomou hoje, é o único que já está classificado!

Viva a Pátria de Chuteiras!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Confabulando

- Filho meu, o que quer ser quando crescer?
- Funcionário público!

Maldito esse dia! Por que minha mãe não me reprimiu? Por que não me coagiu com três tapas na cara, dois pedalas, um armlock e quatro chutes no saco? Me pôs de castigo 19 dias a base d`água e bolacha Maria aberta há mais de 1 semana?! Eu mereci! Onde já se viu tamanha mal-criação?

Meu trabalho não é ruim. Pelo contrário: muitos amigos dariam os próprios pênis(já que não usam) para estarem no meu lugar(estudem mais da próxima vez, pamonhas). Nunca imaginei receber tanto pra fazer tão pouco. A grana não atrasa. Não tenho chefe. Não corro risco de ser demitido a menos que mate alguém a sangue frio sem motivo inexcusável, roube 3 milhões e não declare no imposto de renda, faça orgias com virgens sedentas e não convite o meu superior imediato para a suruba.
É exatamente esse comodismo, a sensação de que posso passar 2 meses internado numa clínica da Brasileirinhas e que ao voltar, meu emprego estará lá que me irrita! Eu sei, o ser humano é um eterno insatisfeito, mas o tal do concursado é foda!

Há tempos prometi pra mim mesmo que não leria mais jornais on-line. Hoje, na esperança de que algo havia mudado, que alguma coisa grandiosa tivesse acontecido e que esse ser dotado de um tele-encéfalo super subdesenvolvido chamado internauta tivesse criado pelo menos um par de neurônios capaz de propagar uma sinapse ainda que pela metade, resolvi visitar uma página de notícias nacionais. Já arrependido do que tinha feito, de cara encontro:

- Lula admite que dinheiro público vai bancar a copa de 2014.

Esse pessoal da imprensa tá cada vez mais rápido, hein?


- Lula diz gostar de "geladinha boa".

Novidade, hein, sapo gordo?!


- Caua Reymond sobre depilar a perna: "Me senti muito feminino".

Agora compreendo quando Grazi me largou dizendo que tinha virado lésbica.


É por essas e por outras que minha página inicial tem meu sósia, o Kid Bengala. Ok, não somos tão parecidos assim: ele é velho e gordo e só fica 20min dentro sem tirar. Pensem nisso, meninas, dever pra casa.

Dia desses fui ao Serra Dourada. Clássico homoafetivo: Goiás x São Paulo. No começo achei que fosse parada gay de Goiâna. Nunca vi tanto assobio e buzinas igual quando Fernandão entrou em campo. Tirando o Hulk que vos escreve, o mais macho ali era o Richarlison que, diga-se, se sentiu ofuscado pelas lantejolas da torcida. Pra completar a noite, o bicha do Tiago inventou de arrumar briga com a moçoila mestre que puxava o coro dos cânticos dos bambis. Vi a hora em que voariam cilíos-bombas e que nos afogariam em seus glíteres cintilantes. Estádio pra mim? Nunca mais!

Beijos pras meninas e dedada pros manos. Menos pros são paulinos.

domingo, 9 de maio de 2010

Regresso

Ai, mamãe, não acredito: O Diário voltou! Ele voltou!

Sim, caros comedores de Chambinho. Eis que numa tarde recheada de winning eleven, chocolate e ventilador seus pedidos foram atendidos. Após cinco meses de ostracismo preguiça mesmo, de mudanças e desatinos, voltei para florear-lhes os campos, poluir vossas mentes e dormir de conchinha com as meninas. Sugiro que comecem a pagar suas promessas o quanto antes.

Desde algum tempo que não sou o mesmo(pros que se lembram do centro auditivo telex, em casa acabaram as brigas por causa da tv e do barulho das crianças). Adeus computação! Foi tarde! Chutei, nem que profissionalmente, esse caprioto da minha nada mole vida. Linhas de código, engenharia de software, modelos em cascata? Não conheço, nunca ouvi falar(os estudos nas terras de Aussie estão de pé, mas é uma visão tão diferente que nem conta). Adentrei no serviço público minha vez de não fazer porra nenhuma, sou concursado, ganho meus milhares de reais(ainda unidades de milhares, mas tudo bem) e estou estudando Direito à noite. Pra quem estava mais perdido que pinto de japonês em camisinha GG é um bom começo.

Meu trabalho é mexer com pessoas. Diretamente. Visceralmente. Coxa com coxa na maior relação. Sou gigolô. Embate mesmo. São muitas linhas que pretendo escrever-lhes num próximo capítulo. Mas já adianto que tem sido legal. O perigo de não voltar pra casa inteiro me faz bem.

E não é que as malditas bandeirinhas-de-copa-de-torcedores-brasileiros-patriotas-ufanistas-do-inferno já estão se debatendo por aí?! Ainda não me acostumei que de 4 em 4 anos é assim, as pessoas se lembram que são brasileiras. Enquanto você fica torcendo pro Dunga chamar o Neimar e o Ronaldinho, o Galvão fica rico por ser o cara mais chato da tv e os políticos aproveitam junho e julho pra enfiar milhões nos próprios ânus, já que tá todo mundo esperando dar a hora do jogo pra fugir do trabalho. Seu jegue, presta atenção! Que que vai mudar na sua vida se o Brasil ganhar de meia dúzia de mancos nessa desgraça de copa do mundo? Copa do mundo por copa do mundo eu quero a do Brasil, que vai pelo menos me beneficiar em algo. No mínimo meu pai vai faturar como nunca com as obras da empreiteira fantasma que a gente tem.

Momento cult do Diário: Ontem assisti ao novo A hora do pesadelo. Ai, André, o que é isso? É aquele filme que tem um flamenguista que fura as criancinhas(vide imagem) É bonzinho, catártico. Nem de longe se equipara ao de 86, mas dá pra levar uns sustinhos. Se você não tiver nada pra fazer e quiser ir pra Sedna exteriorizar seus instintos mais primitivos de um mamute no cio, sugiro que vá ao cinema ver o Freddy, afinal, ele vai te pegar.

Inté, té!