domingo, 6 de novembro de 2011

Bailarina e o soldado de chumbo

Tenho daqueles sonhos ruins de filme, que perseguem o mocinho até o final. Uma coisa minha, mal resolvida, obviamente, que, quando menos espero, me atormenta as noites.
Dura um dia, às vezes dois. Fica na cabeça o dia todo, martelando que nem prego. Dia dói, noutros mais ainda. Dá vontade de deitar de novo pra amanhã chegar logo. 

...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

trânsito: o circo da folia

Depois de 1 ano e 7 meses trabalhando com trânsito, posso dizer que tenho uma petit experiência nesse ramo. Sempre me perguntam algumas idiotices coisas  e eis que estou aqui, a fazer um textículo abraçando a resposta de algumas delas. Peguem a pipoca e reflitam um pouco nas minhas não tão doces palavras.

André, o trânsito do Brasil tem solução? E o de Goiânia, pra ser mais exato?
- Pessoa de pouca fé, em verdade eu vos digo: O mau do Brasil é o brasileiro! Deus não pôs terremoto, tsunami, vulcão ou tornados por aqui. Mas colocou o povinho mais filha da puta que ele conseguiu! E é por causa dele que eu afirmo: essa merda que está só tende a piorar!

Respondo, ainda, jogando a pergunta pra vocês: todo mundo odeia levar uma buzinada na orelha, mas quem é que nunca descontou uma fechada ou uma barbeiragem alheia com a buzina? Ah, a buzina. A menina dos olhos nos dias de cão! Quem nunca (ou sempre) não pára na faixa de pedestre, olha no retrovisor e fala: ah, tem pouco carro atrás, logo essa velha gorda cheia filhos catarrentos consegue atravessar. Quem nunca não deu lugar pra quem tava saindo da garagem só porque estava atrasado, e ainda disse, noutro dia eu dou?!

Sim, meus amigos. Vcs são todos farinha do mesmo saco cocô da mesma areia. É claro que eu, como malandro-preto-comedor de farinha e feijão, estou nesse meio, mas que, como narrador onipresente, onisciente e lindo dessas linhas que estão a desgustar, tenho a prerrogativa de me por fora das malfeitosas comparações.

Estaciona na vaga do cadeirante ou do idoso porque sabe (ou acha que sabe) que não tem nenhum desses dois ali perto. Estaciona nos proibidos por algum tempo e diz que pode porque é rapidinho. Se algum fiscal te pega no celular, você diz que sua mamãezinha tava dura no hospital. Essas desculpas e as afins são manjadíssimas e só reiteram que vc é um bosta sem criatividade. Que pimenta no borel do outro é refresco. Assume o risco, mas não aceita a consequência! Quando chega uma dessaborosa multa na sua casa, você chora, reza, pede e implora! Diz que nunca esteve nesse lugar e que vai recorrer, que vai fazer valer seus direitos. Que o governo tem uma indústria de multa. Mas quando pára um mocorongo obstruindo a porta da sua casa, ou alguma pessoa próxima de vc morre no trânsito, pergunta cadê o braço do Estado agindo em favor da população, que são todos uns ladrões omissos do caralho a quatro. Ah! A indústria da multa. Me cago de rir quando vejo gente falando dela. O grande filha da puta não vê que o que acontece é - perdoem-me o bordão - uma indústria de infrações. Podem ocorrer erros, sim. 1%? Os outros 99% eu tenho certeza que o grande asno no volante estava errado!

O problema da falta de berço, mes amis, é algo crônico; irremediável. Não digo superficialmente a falta de educação em si, a esquecida arte do saber se portar, mas todo o aparato que vem junto com isso aí. Quem cresceu vendo os pais, os tios e os avós desobedecerem às leis (não só às de trânsito) não pode ser dele exigido que faça algo correto. É utópico por demais pensar que uma meia dúzia de campanhas, um ou outro real tirado do bolso com uma multa ou uma carteira de habilitação suspensa vão resolver o problema. Falando em multa, alguns zézões ainda insistem em perguntar se há alguma premiação pros fiscais do estado por "acharem" infrações. Eu respondo com a pergunta: vc acha que se tivesse, não haveria gente trabalhando do alto de suas sacadas em seus prédios? E não precisam inventar infrações. Ande dois, três ou quatro quarteirões - NO MÁXIMO - e me fale quantas pessoas vc viu no celular, ou fazendo uma conversão proibida ou qualquer outra putanescilidade dessas. Quando chegar o presente, me conta!

Alilás, acho que o valor das multas cobradas está obsoleto, baixo demais. Nunca foi atualizado. Não surte efeito desse jeito. Nem na época da criação surtiu. Prova essa que uma mesma pessoa leva a mesma multa 3, 4 vezes e não aprende. Meu pai, que Deus o tenha em seu sofá fumando um Havana gozando o Godfather, quando queria que eu aprendesse uma coisa de uma vez por todas, batia uma vez só. Preciso falar da intensidade? Usando o mesmo raciocínio do citado troglodita (brinks, daddy!), não quer que alguém cometa o mesmo erro, que bata com força. Ao invés de cfrazinhas de 100, 200 reais, poe uma de 1000. Valor da infração leve agora: milão! Da gravíssima, 3000. Quero ver se vai ter nego falando no celular de novo. Se alguma patricinha filha da puta vai entrar na contra-mão aqui no meu prédio à noite. Nessa de 100, 200 reaiszinhos, eu acredito, sim que seja indústria da multa. Porque o governo não cansa de cobrar e vc não cansa de pagar. Fica o bobo de um lado e o ladrão do outro nessa suruba tácita.

No mais é isso. Por favor, não fiquem chateados se os ofendi. Se se viram em alguma parte do texto, a idéia era exatamente essa. Pra que vc possa, ao menos, pensar por alguns segundos nas suas atitudes no trânsito. Começar a encará-lo como de fato deve acontecer. Que não tenha que perder amigos, como aconteceu comigo recentemente, pra poder rever suas atitudes e a ineficácia das leis que não regem as condutas por aí.

Beijos, se eu não te ligar, vc também não me telefona!

A.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

André, cadê você?

Não chorem, cremosinhos. O tio não sumiu e nem fiz análise pra perder a inspiração.

Dentro em breve, entre dois ou três copos de álcool, eu venho aqui escrever. Só estou sem tempo.

Aliás, o uísque é o melhor amigo do homem. É o cachorro engarrafado!

sábado, 12 de março de 2011

Riddle

Penso que há "tempos e tempos". Assim como diz aquele livro judáico-budo-cristão que tem na casa da minha avó: "há hora para falar e hora para calar". A vida, independente das nossas ações e vontades, é feita por ciclos. Me pergunto onde entraria o tal do livre arbítrio: se nos vai-e-vens do acontecer ou no curto intervalo de tempo entre um looping e outro.

Desde meus jovens 15 anos que espero encontrar subsídios para perguntas que hoje, MUITOS anos depois, sei que estão longe de serem respondidas. Nesse caminho infindo, na busca por "verdades", encontrei respostas prematuras para questões tardias. No desenrolar desse emaranhado, por vezes, vivenciei o desabor do que não esperava. Mas como o receber do louro, satisfiz o que de mais me era proposto: o auto-entendimento, ainda que parcial.

Continuo depois...

sexta-feira, 4 de março de 2011

Masturbando o meu ego

Agradeço aqui, ainda que tarde, aos e-mails de aniversário. Não gosto muito de bajulação, mas é sempre bom se sentir querido. Colo abaixo, com a anuência da censura, afinal, a idéia não é fazer auto-propaganda, dois de que eu gostei muito!

A.

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(...) separei, entre risos e lágrimas, alguns dos bons momentos que já vivemos juntos ao longo de tão pouco tempo de amizade. Espero que se repitam ao longo de anos e anos ainda! Tudo o que vc faz, faz bem feito. Não porque é perfeccionista, mas porque faz com amor. E isso inclui sua amizade. Nao há 1 só amigo que não te reconheceria de longe. Não pelo tamanho da napa do nariz, mas pelo estilo único e inimitável. Os sms de madrugada, as declarações insanas fora de hora, os comentários afiados, as tiradas maldosas e as piadas que só quem está muito afinado entende. Frases suas como "puts, que caçamba" ou "se demorar eu espero, tá?" ou "o negócio não é ser bonito, é ser gostoso" ficarão pra sempre comigo e com todos seus amigos, tenho certeza.
Quero ser padrinho dos seus filhos. E dos filhos dos seus filhos. Para desfrutar ao máximo da sua companhia. Feliz dos amigos e da(s) mulher(es) que lhe tiver para sempre. Grande abraço e feliz aniversário novamente.

André: mãe, bebendo assim você vai virar alcólatra
mãe: menino, mas eu só bebo um pouco aos finais de semana!
André: então eu não serei viado se eu der o xx  só um pouco aos finais de semana?

André: meu nariz não é grande. Meu rosto que é pequeno.

Eu: André, olha o tamanho daquela saia!
André: Saia? Aquilo é um abajour de xoxota!

Eu: cara, vc parece o superboy do smallville
André: xxxx, vou te mostrar é o meu batman!

Eu: você deve comer muita mulher com esse carro seu, né?
André: desde quando xxxx é garagem?

O 1o carro perdido na BR e você, ao avistar o outro, correndo pro canteiro central fazendo bundalelê. E o dia que te erguemos na sala do INF no 2o ano de computação pra vc por a bunda no vidrinho da porta durante a aula da Lenice e ainda, descaradamente, por todos os outros anos, dizia que não era vc. E depois disso o Max ainda vai lá e encosta a cara no vidro!

Eu: André, tenho uma cueca do elefantinho.
André: Eu também. Mas a minha ele fica do lado de dentro.


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O Segredo

- Doutor, terminamos todos os testes e exames, e o relatório é conclusivo e incontestável.
Precisamos apenas de seu aval para divulgá-lo à imprensa de todo o mundo. Será
um estardalhaço completo. Precisamos organizar a coletiva e nos prepararmos para
responder a todas as perguntas!
- Vocês querem mesmo que eu endosse esse relatório absurdo? Onde já se viu divulgar
tamanha insanidade? Vão debochar de nós solenemente, e minha carreira estará
arruinada!
- Mas, doutor, temos dados precisos e inquestionáveis!
- Revirem-no do avesso novamente! Não quero nem saber!
- Respeitosamente, senhor, já fizemos inúmeras ressonâncias, incontáveis raios-x, variados
eletro, encéfalo e cardiogramas de todos os tipos conhecidos. Além dos mais
variados testes psicossomáticos, comportamentais e fisiológicos!
- E as conclusões são aquelas mesmas ridículas de antes?
- Sim, Sr! Ele não é um cara normal! Ainda que seu corpo seja de um homem e tenha
um funcionamento perfeito como de um humano qualquer, não é aceitável que ele seja
só mais um exemplar da raça. Sua psiqué, seu modo de agir e seus sentimentos são
incompatíveis com o do homem-médio atual.
Ele é simples, humilde, totalmente desprendido de bens materiais e nenhum um pouco
interesseiro! Pensa mais nos outros que em si, tem um coração puro, aberto, prestativo
e amoroso. Cativa facilmente todos a sua volta, principalmente as mulheres, devido
ao porte físico, à timidez calculada e a um certo charme bem treinado. Nos testes sexológicos,
descobrimos que é muito bom xxxxxxx e que rebola gostoso, pra compensar
que tem xxxx. Às vezes ele xxxxx, mas constatamos que é só pra manter
um certo ar de normalidade e pra parecer fraco e humanizado perante suas incontáveis
conquistas. Impressiona mocinhas ao fazê-las xxxxxxx
sem a menor dificuldade!
- Tire essa parte do relatório, minha esposa jamais pode ler isso!
- Continuando! Ele ama deliberada, demasiada e verdadeiramente, e não se vergonha
disso! Faz juras de amor, escreve cartas ridículas, faz surpresas inesquecíveis,
toca músicas marcantes... ou seja, é um dos últimos românticos. Pode-se dizer, sem
chance de errar, que caras como ele estão ficando raros!
É para os amigos aquilo que se pode definir como uma síntese perfeita do termo amizade!
É um verdadeiro amigo, na mais pura e forte acepção da palavra! Tem poucos
eleitos como tal, mas para com estes é transparente, confiável e companheiro. Enche o
saco desses coitados, mas descobrimos que essa é uma de suas formas de demonstrar
o que sente! Para estes amigos, é uma flor!
Fisiologicamente, descobrimos que seu sangue tem componentes que não pudemos
identificar! Componentes estes que o fazem bem mais forte que o normal, quase imune
a doenças e muito resistente a cortes e ferimentos. Soubemos que seu desempenho
muito acima da média no basquete vinha levantando suspeitas, então ele inventou uma
contusão incurável, e abriu mão de sua grande paixão esportiva em nome de garantir o
anonimato!
- E eu mal consigo bater meu futezinho no fim de semana! O mundo injusto! Tô garrando
um ódio desse cara!
- Desculpe, doutor, mas isso é impossível! Ninguém consegue odiá-lo, de fato! Todos
os homens querem ser seus amigos, e as mulheres... ah, pobre de nós mulheres! Todas
o queremos, mas ele não é daqueles que querem quantidade, só qualidade!
Concluindo doutor, temos muito mais que só fortes indícios de que o famoso mito hollywoodiano
foi, de fato, inspirado nele! Sua mãe tentou ao máximo nos ludibriar, mas
suas informações são desencontradas e foram facilmente contestadas.
Confirmamos nossas suspeitas quando soubemos que ele é muito fraco para cerveja
Heineken. Mas descobrimos que sua fraqueza na verdade não é com a bebida em si,
mas com a garrafa! Pasme, doutor: o tom esverdeado da garrafa é garantido pela...
- Não! Não me diga quê? Não é possível!?
- Sim, pela Kriptonita! Descobrimos que a Heineken conseguiu manipular vários minerais
em laboratório e sintetizá-la em sua forma mais pura e potente para obter aquele
tom esverdeado único!
- Oh meudeus! Ninguém nunca vai acreditar nisso!
- Por fim, senhor, descobrimos que ele tem o hábito de usar sua cueca de superhomem
em casa, mas só perante os amigos mais próximos que conhecem seu segredo;
e, com o senso de humor único que possui, teve a ousadia de batizar seu cachorro
de Clark Antonio!
- Isaura, vamos fazer um trato!? Não podemos entregá-lo! A humanidade precisa de
caras como esse, pra mostrar que certos valores precisam ser mantidos e propagados!
Deixemos que ele se vá, pela felicidade de seus próximos, pelo bem da própria humanidade,
e que siga sua vida e propague seus bons genes em paz!
- Mas doutor, o mundo precisa saber...
- Precisa nada! O mundo precisa é de mais homens assim, que vivam, amem e sejam
amados – pela família, amigos e mulheres – da forma mais pura e verdadeira, de janeiro
a janeiro!
- É! Acho que o senhor tem razão mesmo! Mas e então, o que faremos?
- Nada! O melhor a fazer é não fazer nada! Só chame-o aqui, por favor!
...
- E então doutor, já posso ir? Não descobriram nada, né?
- É, nossos resultados não são conclusivos! Você já pode ir sim!
- Muito obrigado! Preciso mesmo ir! Vocês devem ter percebido nos testes que eu
gosto muito de viajar. Tô doido pra mochilar por aí! O mundo me espera!
Quando já fechava a porta ao sair, ele ouve um último chamado:
- Meu jovem?
- Sim?
Uma piscadela e um sorriso do doutor, como quem diz “seu segredo está seguro!”:
- Você é craque!

terça-feira, 1 de março de 2011

:)

Alguns me perguntam se nao acho ruim viajar sozinho. Outros, se nao me vejo como um doido qualquer de sair com uma mochila nas costas sem destino mundo afora. Outros, se defeco dinheiro.

Amigos, para aqueles que ainda nao tiveram a oportunidade (ou o colhao roxo) de sair do conforto de casa para nao perder a novela das 8, eu respondo: Viajar eh muito mais uma questao de cabeca do que de dinheiro.
Tenho possiveis e potenciais companhias, mas prefiro a dor da solidao e o engrandecimento do auto-conhecimento a algumas delas. Quanto as outras pessoas, nao posso exigir a improbidade de se atirar no mundo e a (in)sensatez necessaria para a busca do novo. Este, alias, me assusta. Mas a rotina me irrita.
Gosto eh como o buraco anal. E assim como essa cavidade, tem gente que ainda nao conhece nem o seu!


Viajar me descansa. Me vestir pra Sedna nao me descansa. Conhecer culturas diferentes me surpreende. BBB, nao. Roupas de marca me quebram. Parcelar as historias que contarei aos meus netos, nao. Ver que tudo que eu planejei e que na hora deu pra tras me exige saber pensar. Provas, concursos e empregos, nao. Altos salarios, alias, sao todos iguais: So mudam alguns zeros.
Como eu gostaria de trazer gente comigo. Algumas por merecimento; outras por punicao. A bolhazinha do Setor Bueno e afins eh espessa; dura. Haja tempo para sequer trinca-la. Mas, como dizem, eh melhor pensar que as coisas acontecem devagar e sempre. Certo?

A.

"O dia que provardes a sensacao de voar, andaras no chao com os olhos voltados para o ceu."

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sensacoes em erupcao


De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda esta forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...
Agora está tão longe
ver a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos
Na mesma direção
Aonde está você agora
Alem de aqui dentro de mim...
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você esta comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...
Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem...
Eieieieiei!
Olha só o que eu achei
Humrun
Cavalos-marinhos...
Sei que faço isso
Pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...

Legiao Urbana - Vento no litoral

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Vuvuzela neles


02 de fevereiro – Foi mal, teclado sem acentos!

Aqui comeca minha semi volta ao mundo. Dessa vez, pelo Indico. Embarque as 7h30.
A manha de ontem nao foi legal. A ideia de viajar, por nao estar consolidada, pesou um pouco. Nao tinha nada arrumado, como se a ideia de cair no mundo tivesse acontecido minutos atras. Recorri a alguns dos meus amigos pro almoco, compras de ultima hora e embreagues pre-ordenada num posto de combustivel qualquer. Pelas 22h, cheguei em casa e joguei algumas coisas na mala, a qual se escondia ainda no fundo do armario., empuerada e com ziper estragado. Dos 10 minutos que levei, 5 foram pra desviar da bagunca que tava no chao. Nao lembro de ter visto meu quarto tao baguncado!
Como sou portador da ultimamente tao rara trissomia YYY, nao consegui dobrar nada. Mamis ficou encarregada de fazer esse papel tao feminino e necessario na vida de um homem. Me ajudou a evitar ter que passar de novo ao chegar nos destinos. Love you, chica!
Tomei banho e sai com a pequena; cheguei por volta das 2h. Rolei na cama ate as 6, hora de ir para o aeroporto.
Foi legal; um dos meus melhores amigos foi la me ver, com a cara amassada de sono, quase tanto quanto a minha. Mamis encheu meu saco, claro, pelo meu atraso fortuito. Relaxa, vei; curte o momento!

A fila pro embarque estava enorme, dobrava a esquina, a unica do aeroporto, diga-se. Aceitaram o desconto beleza e me passaram pra outra menor apos gracejos e cara de gatinho do Shrek. Rapidinho tava no balcao fazendo o check-in. Por la encontrei um amigo das antigas. Definitivamente as coisas nao mudam tao facil: tava viajando pra um cenario cultural, de busca interna e espiritual num cruzeiro com Jorge e Mateus!
Em troca de uns tijolinhos no ceu (e de uma possivel interacao), dei meu lugar na janelinha pra uma moca que insistia em fotografar cada nuvem, mesma sentada no meio do corredor.
Fiquei em SP ate o meio da tarde. A pequena tava indo pra esse lado do mundo tambem, mas por outra rota - a da seda - e acabamos dando um jeito de nos encontar. Dentro em breve devemos nos ter/ver por aqui.


03 de fevereiro.

O voo foi bom, tirando que o aviao parecia um bimotor e eu mal conseguia esticar minhas pernocas rolicas. Entretenimento zero. So meu MP19, ao som do Flor, Los Hermanos, Rammstein e ao lado de uma crianca, que pelo choro full time, devia estar nas ultimas. Que Deus a tenha, amem.

Ia passar 10h no aeroporto de Joanesburgo. Aham, Claudia, que eu nao ia dar uma descidinha pra saber de qual era a da cidade. Uma vez mochileiro, sempre mochileiro. Ja havia lido que nao e o lugar ideal para perdidos no mundo sem nocao como este que vos escreve. E feio, sujo, caro e perigoso pra caralho! Alilas, abro aqui um parentese pra falar disso. Sabe aquela historia de fim do apartheid? Conversa fiada. Tem lugar que so branco entra e lugar que os negros nao aceitam aqueles. No centro,  numa especie de taxi comunitario, tentei descer pra adquirir uns mimos e fui rapidamente impedido pelo tiozao. Realmente nao ha uma so pessoa branca por la. Nenhuma! Se nao fosse pelos meus dotes negros (metafora), o moreno aqui seria um dinamarques por la. Fui no musem do apartheid – que depois da sensacao de nao poder andar livremente pela cidade – achei que nao devia existir, nao com o nome de MUSEU – nos estadios da copa que, diga-se, estao sub-utilizados, sucateados e saqueados! Tem uma rua no bairro mais popular de la, o Soweto, onde viveram os dois premios Nobel da Africa do Sul. A casa do Mandela e legal por fora. Por dentro, pra saber, tinha que pagar alguns baroes: Ficou pra proxima!

A pobreza, a corrupacao e outras coisas semelhantes as do Brasil (e as vezes aumentadas) sao evidentes por onde quer que se ande. Devo voltar pra Africa, mas pra Cape Town. Dizem ser mais turistico. Joanesburgo, por ora, fica fora do meu roteiro. Foram poucas horas por la. Minha ideia de socializar com os moradores, nativos ou nao, foi muito rapida. Pelo pouco que percebi, os negros sao meio conformados com a realidade que lhes e imposta. Se assustam quando pergunto de algumas coisas que, teoricamente, alguem de fora nao saberia. Mas isso e bom, que acaba chegando ao ponto bom da conversa mais rapido. Da pra ver a tristeza no olhar deles. Sao alegres, divertidos, sim. Mas viver sob o “auspicio”  de outros nao deve estar entre os top 10 do mundo. Seguem algumas
fotos no Facebook!

A mocinha que aparece e a Simone, galderia que conheci no aeroporto. Tava viajando pra aprender ingles. Acabamos dividindo alguns passeios e nos fazendo companhia. Como todo ser extremamento feminino, portava malas com milhoes de kg, que inclusive levantaram suspeita na imigracao. Foi tranquilo, depois de nos encherem de perguntas e me fazerem carregar o caminhao de malas dela pra cima e pra baixo. Toma, gordinho!

Proximo destino!

A.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Viadagem

"Nosso grupo sempre foi um grupo aberto. Nós nunca tivemos preconceitos, dogmas, Dobermanns, Dálmatas, Pointers, Sisters, Allmann, Brothers, nem Crosby, (...), nem Young... Talvez Lennon, não, McCartney... Talvez, quem sabe...”

Esse post é pra um cara cabriocárico, hélpis, batráquio, estrogonoficamente pálido, que tem 25 anos de vida e de América do Sul, que entrou na minha vida esse ano. Sem camisinha ou vasilina. Chegou chegando, veio de braços e pernas abertas. Não, não somos homossexuais, muito embora ela tenha bíceps pequenos e pernas finas. Diz que tá mais forte do que eu, mas pega 10kg de supino a menos, prova essa de que sou muito mais homem.

Não entendo o porquê de eu gostar minimamente do citado: chamo pra malhar comigo; diz que é caro (10 reais a mais) e torra 200 em cerveja. Chamo pra vir aqui em casa, diz que tá passando, mas não aparece. Ligo pra ele, não atende. Quando consigo falar, diz que não tinha chamada perdida. Perde no videogame e não assume; afinal gol de penalti, não vale. Me passa raiva como aquela peguete que se faz de difícil, mas me ganha com mensagens romanescas e sentimentalóides.

Tive o desprazer de passar uns 4 meses do ano ao lado do exu caveira e do seus encostos. Foram inúmeras brigas, desproporcionalidades da parte dele, apelinhos e outras meninices. Parece que foi criado por vó em apartamento. Soltava pipa no ventilador e jogava bolinha de gude no tapete persa. Só sujava a mão com Nutella. Ele é vesgo, tá com os dias contados pros cabelos caírem e cabe uma almôndega mineira do norte gaúcho entre os dentes da frente. Ainda assim arranca suspiros do guarda municipal. Filho de pais brancos, nasceu preto, e assim como 75% dos negros que nascem pretos, morrerá nego.

Entristece-me ao dizer que o concurso não desenrolou, mas do alto do meu egoísmo me faz bem saber que terei-o por perto por mais alguns dias. Pensando no tão pouco tempo de convivência e no tamanho do sentimento, me faz pensar que existem outras vidas.

Em terra de rei, a pedra fura o cavalo que vai pra Roma.

Chapéu, sapato ou roupa usada, quem tem?

Por te amar tanto é que não perdôo os lanches e 14 meses de aluguel que me deve.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mais um fim de ano

Gosto muito de reclamar das coisas, ponho defeito em tudo e procuro detalhes. Mas se tem uma coisa que eu faço bem, também, é elogiar.

A vida me proporcionou um ano FODA! Muito bom. Com vitórias e superação em cima de muita coisa. Nem só delas, claro, como prova, minhas duas últimas semanas não foram das melhores possíveis. Mas nem por isso posso deixar de falar que 2010 foi, talvez, o ano que separou águas, como dizem por aí, e que minha vida se dividirá em antes e depois dele.

Separando em partes, na vida financeira foi tudo bem, empregos, concursos, tudo deu muito certo. Comprei carro novo, coisas de última geração e outras merdas aí que só serviram pra me provar que eu não gosto disso! Nasci simples e vou morrer assim.

Vida profissional entra no financeira? Sei lá! Digamos que sim. Chutei de vez a computação do meu existir. Computador, pra mim, é só pra e-mail e conversar com os amigos. No máximo um Brasileirinhas! O emprego em que estou não é nem de longe o meu preferido, mas é o que eu tenho por agora e me satisfaz bem: trabalho pouco, ganho bem pro que faço e não me exige mentalmente. Final do mês meus centavos estão certinhos na minha conta! Funcionalismo público: Love you, buddy!

Amores? Cara... 2010 foi o melhor nisso. Aprendi que há diversas maneiras de amar. Aquilo que vemos nos livros, nos filmes, nos catálogos da Renner... Isso existe! Fiz amigos pra vida inteira. Pessoas fodas, pessoas que estarão comigo quando o mundo acabar (principalmente se for em cachaça). Percebi que algumas coisas acontecem (às vezes ruins) para que você conheça pessoas, que às vezes você precisará delas logo ali, ou daqui um tempo. Ou talvez pra vida inteira. E, acredite: valerá a pena.

Tenho aprendido que os sentimentos se separam, na maioria das vezes e que se vc não souber diferenciá-los, você se fode. Que às vezes o amor se mistura com a raiva, e com a posse, e você não percebe, chamando isso de paixão. Como diz o lovesong Flerte Fatal, isso vai te consumir... Vai ficar ceguinho, ceguinho. E quando não tiver mais pra onde escapar, vai explodir. Aí sim alguém vai se estrepar.

Acho que já falei isso em algum lugar desse blog, mas pra mim, a vida é como um trem: as pessoas entram e saem dele a toda hora. Às vezes elas ficam algum tempo, mas sempre vão descer em algum ponto. E você precisa estar preparado pra isso. Pode ser que lá na frente ela suba de novo. Outras subirão e descerão o tempo todo, serão ótimas amizades, grandes amores, mas vc precisa entender que não são seus. E não pense que é porque tô escrevendo isso que aceitei essa realidade. Na maioria das vezes, ainda me dói. Quem sabe daqui a muitas vidas, vou chegar ao ponto de entender que "depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E que beijos não são contratos e que presentes não são promessas"! É parte de um texto tido como escrito por Shakespeare, mas acho que não é dele.

Kizze!

A.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Galináceos e pervas de minha vida,

dessas semanas pra cá, confirmei algo que tinha comigo desde que eu era apenas um pequeno nariz: Não tenha contatos; tenha amigos.
Nessa de querer fazer milhares de coisas ao mesmo tempo, como diz minha vó, acabei por me enrolar nos cabelos da própria perna. Fiquei doido! Afazeres que levam, em média, 2 meses, fiz em 2 semanas. Outros que pedem 5 meses, fiz em 8 dias. O motivo por eu não estar postando de um sanatório vestindo uma camisa branca PP lavada com Omo se deve aos meus super miguxos.
Com telefonemas, emails, explicações e súplicas, reuni em alguns minutos uma turma de super-heróis que me ajudaram ao longo desses dias no que foi possível. Até agora, se tudo está dando certo, grande parte do mérito é de vocês. Fica aqui meu muito obrigado! :)

O final do ano se aproxima. Dá pra ver pelo clima tenso da faculdade, pelo mau humor de começo de horário de verão e pelas portas de lojas se enfeitando para o Natal. É uma época de que, pessoalmente, gosto muito. Me lembra feriados, comida, amigos e reflexões.
Falando nisso, esse feriadão último que teve, trabalhei todos os dias pelo menos 12 horas. Deu pra pensar um tanto nos rumos que minha vida tem tomado. Alilás, adoro me contradizer: vieram coisas e conceitos novos e algumas das idéias que eram concretas não existem mais. Como dizia Raul, "duas horas da manhã recebo nos peitos um triptanol 25 e vou dormir quase em paz." Essa musga está na minha cabeça desde o começo de toda essa muvuca.

Eita, preciso desligar. Depois continuo a escrever.

Ósculos.

domingo, 24 de outubro de 2010

Mais uma!


Olá, homosexuais de plantão! Hoje obtivemos mais uma vitória! Preciso ser rápido, não tenho muito tempo pra escrever. Perdoem a falta de detalhes!

Sexta passada fiquei sabendo que fui chamado para a prova física de um concurso federal. André, como vc não se preparou antes, camarada? Me preparar como, se eu tinha chutado metade das questões que valiam peso máximo? Fato é que acertei 90% delas e lá estou bem classificado, entre os primeiros! Sábado, então, começava minha saga.

Durante a semana não consegui correr no tempo hora nenhuma. Tudo doía, as pernas cansavam, não entrava ar. Era a mesma prova que a policia federal tem que fazer. Quer mais?

Já sabendo que se eu continuasse a treinar ia me machucar, não ia dar conta e abalar meu emocional, chutei no último treino e descansei sexta e sábado! Sempre com pé atrás pensando que poderia estar treinando. E ontem, pra piorar, tive uma discussão com a namorada. Ai que pensei não dar conta mesmo.

Amanheceu chovendo, muito frio, sair da cama 6h pra ir CORRER não era a idéia de um fds legal. Mas fui. Lá tinha um monte de gente querendo me por pra baixo. Falando que não ia dar, pra que que a gente tava lá, que a pista tava molhada e mimimi. Fui pro ringue. O fiscal não me deixou usar o cronômetro! Como eu ia ter noção de como eu tava indo? Se podia ir mais devagar ou se teria que ir mais rápido? Paciência.. Ja tava dando tudo errado mesmo.

Nao teve um do lá sí e já! A buzina tocou sem ninguém estar  preparado. Vamo que vamo.Garrafinha d'água na mão é claro! Cansei na primeira volta (eram 6 de 400m). Uma dor que eu não tinha sentido antes. Devia ser por causa da tensão.  E eu acreditando que a adrenalina ia me ajudar. Hormônio desgraçado! Esvaziei metade da garrafa. Pessoal já tava lá na frente. Alguns (aqueles que não iam dar conta mesmo) pra trás. Fazendo de tudo pra não perdê-los de vista. Mas não adianta. A briga era comigo, não com eles. 2 voltas. Tô arrastando de dor. Não vou dar conta. Desiste, André. Não, vou completar a 3a, daí eu paro. 3, ainda tô respirando. Mas não dava mais. Ou eu andava ou desabava no chão. Andei por uns 10 seg. Esvaziei mais um tanto da garrafa. Nao tinha noção do tempo do relógio. Se eu perder, vou perder como homem. Corri mais uma volta. Tive que andar de novo. Não tava dando de novo. Da 5a pra 6a eu ja achei que a buzina fosse tocar de novo porque eu tava demorando muito. E na MESMA hora o primeiro lugar passou por mim completando a 6a volta dele. Terminou pra ele. O fiscal vira e fala: amigo ai de azul, vc pode parar, terminou pra vc. E ele: Não, vou dar mais uma volta pra descansar. Deus me falou: O seu gordo burro, tá vendo esse careca ai que te deu uma volta? Segue ele que vc vai conseguir.  Mas segue que nem homem, PORRA! Vc tem que me ajudar a te ajudar!

Coleguinhas do céu. Imagina duas perninhas doendo! Nao importei com isso na hora. Estiquei igual quando vc vai contar passos largos. Grilei de vez com a garrafa e joguei ela no meio da grama! Não corri. Sai pulando, na verdade, igual salto triplo. E a pista nao andava. E eu corria mais. Adentrei a ultima reta. E a buzina nao tocou. Pensei: Porra, vai dar, vai dar, vai dar! Caralho, DEU! cruzei a linha. Perdi os sentidos. Cai no chão fora da pista, na grama. A buzina tocou depois de uns 5 seg, eu imagino. Vieram os paramédicos gritando: volta pra pista, volta. Acho que um dos fiscais no começo da prova tinha dito que se fôssemos cair era pra cair na pista. Eu me arrastei até ela. E me levantei. Eles ficaram olhando pro gordinho e eu tentando me equilibrar, quinem seu pai quando chega chumbado em casa tentando acertar o buraco da fechadura. Só lembro de ter perguntado se aquele lugar tava bom pra eu cair, já que na grama não podia. Esse pessoal do Greenpeace, vou te contar. A moça vendo minha situação: Vai, cai ai logo. Desabei. Quando abri o olho, vi um cabelo loiro, uma moça linda com aquele galão de oxigênio perto de mim. Pensei: ai, morri e tô no céu. É uma anja que veio me buscar. Mas anjo não tem roupa! Cadê papai do céu? Ai vi um negão 3x2 do lado dela e logo afastei na hora. Anticlimax fudido! Vai que a respiração boca a boca era com aquela coisa horrenda. Mugi algo como: to bem, nao preocupem. Mas é igual viciado em droga, né? Tá caindo de tonto e fala que tá bem.

O anjo loiro falou pra eu respirar, eu acho, pra continuar deitado. Olhei por cima do ombro e o pessoal(aprovados e não aprovados) ja tavam indo embora. Porra, andré, que vergonha, meu irmão. Que ceninha idiota. Levanta essa bunda gorda dai e vai comemorar. A mocinha me ajudou a levantar, a tirar o barro das costas até eu ir ver a prancheta com a indicação de aprovação. Sei que eu queria dar um beijo no fiscal. Eu não sabia se chorava, se procurava o celular na mochila pra mandar msg em massa, se tomava água. Aliás saliva era uma coisa que eu não tinha desde os primeiros 100m. Acho que me dei por mim quando cheguei no estacionamento.

Acho que Deus tá meio fora de forma pra correr tbm. E nessa mandou o careca que deu uma volta a mais pra me ajudar. Não tem cabidura um cara fazer uma prova exaustiva daquele jeito e correr 1/6 a mais pra fazer graça. Agora tô deitado, acabei de comer horrores, beber muito refrigerante e empaturrar de chocolate, coisa que eu nao fazia há 1 semana, pra emagrecer e ajudar o coração nas corridas. Pelo visto adiantou! Assim que eu soltar esse teclado, devo desmaiar nessa cama. A sensação de vitória e principalmente a de autosuperação é indescritível. Eu não pensava no salário, no futuro profissional, em deixar o emprego chato quando eu estava correndo, mas nos amigos. A cada passo dolorido que eu dava eram as pessoas que eu amo me falando pra não desistir. Confesso que durante a semana toda e em boa parte da corrida eu fraquejei. Mas graças a Deus, Che Guevara, o Cosmos, forças divinas do Olimpo, chamem do que quiserem,  fui agraciado com a vitória. É mais uma que a vida usa pra me cutucar e me chamar de homem de pouca fé!

Beijos a todas e peitinho nos bibas!

A.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Olá, meus caros e baratos leitores.

Falando em barato, é pensando em você que as linhas de hoje estão sendo feitas. Você que não vale o que o gato enterra, que não honra suas calças e que não vale 1 vintém furado. Que cresce na vida às custas dos outros, que faz caridade com o chapéu alheio e goza com a caceta dos outros! Sim, parabéns, você ganhou um post aqui no Diário!

Saiba, seu bobo filho de puta com viado, que o mundo só está assim hoje, pobre e fudido, porque existem pessoas como você. Meu pai já dizia que um dos piores erros da natureza é a incompetência não doer!

Desdobrando e explicando a penetração introdução acima, ontem, domingo de sol e calor (fui para o clube beber e cantar, by Zezé), fui trabalhar numa carreata política. Já tinha visto alguns colegas motociclistas fazerem esse trabalho idiota, mas euzinho, 80kg de pura gostosura, foi a 1a vez. Sim, perdi o lacre da pior maneira possível!
Qual o meu/papel dos colegas em uma carreata? Permitir os filhas-da-puta participantes o que é proibido para os cidadãos de bem. Sim, eu que me gozo orgulho de ser o certinhobatráquiocabriocáriosuperandré recebendo meu humilde salário pra fazer o que é errado.

Cara, e é um circo felomenal! Com direito a abertura das cortinas e aplausos do público de pé.
Uma caterva de puxa-sacos dentro de seus veículos plotados de rostos angelicais supersorrindo apertando a buzina. Aliás, descobri ontem que foi o diabo quem fez esse instrumento! Fui obrigado a acompanhá-los e a  permitir que avançassem os semáforos vermelhos e a atrapalhassem a vida de centenas de moradores/condutores inocentes por onde a horda passou. E sabe o que é mais legal em tudo isso? Que alguns dos colegas motociclistas citados ali em cima estavam participando dessa corja toda aí, de graça, em busca de um potencial favor.

Propaganda política na TV, receber meia dúzia de reais pra ficar segurando um pau com a cara de um filha da puta desses, pregar adesivinho escondido no carro dos outros, participar dessas carreatas imbecis por causa da promessa/garantia de algum benefício? Ah, valhe-me deus. Puxar saco nunca fui comigo. Aliás, quando criança, na hora de apanhar, que é a hora mais temida por um filho, eu subia a voz na tentativa de intimidar o meu gran-agressor, ao invés de adulá-lo e pedir clemência, na tentativa que ocorresse um abrandamento e intervenção divina no peso da havaiana de pau. Não é depois de velho que vou tentar agradar alguém em troca de alguma coisa. Pra mim, um bando de ratos sujos correndo atrás de um pedaço de queijo podre.

E como se já não bastasse tudo isso que, na maioria das vezes, é subsidiado com o dinheiro dos impostos daqueles que trabalham, muitas coisas são deixadas de lado pra custear o espetáculo. Exemplos? Nessas épocas de eleição faltam combustíveis nos carros de órgãos do estado porque são destinados a abastecer a turma que se propõe a participar da carreata. Participou? Teve o tanque cheio! Os agentes de trânsito têm seus palmtops e blocos detidos pra não autuarem os cidadãos e comprometer o voto do candidato do governo atual.(DICA: O órgão fiscalizador  de trânsito está assim, caros condutores, cometam infrações à vontade até o dia 03 de outubro que nada lhes ocorrerá, eu AGARANTCHO!). Fico pensando se um dia eu precisar ligar pros bombeiros socorrerem um parente meu que está morrendo, mas não tiver gasolina pra chegar até aqui, porque foi usada na carreata do político tal.

Entendo agora, Victor Hugo, quando escreveu Os miseráveis.

Sem beijos por hoje.

A.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Letargius preguiçoides

"Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade."
Bom Conselho - C. Buarque

Me impressionei-me comigo essa semana: fui 4 dias à faculdade. Se-gui-dos! Segunda, terça, quarta e quinta. Mesmo estando de mal daquele lugar! Concordem comigo que hoje, sexta-feira, véspera de dois dias de trabalho de 12hrs cada, eu mereço descanso.
É, estou chateado com a vetusta, sim. Emburrado quinem criança.
Não, nenhum motivo em especial. É que ainda preciso me adaptar à essa rotina; não é fácil voltar pra sala de aula depois de já brutalmente estuprado pelas pregas do tempo 5 anos em uma universidade. Aguentar professor lendo coisinhas com os alunos, dando estrelinhas de bom menino, fazendo chamadinha. Ai que cãibra! Às vezes a baixa faixa etária da minha sala (e do curso de direito em si da ufg) me preocupa um pouco. Eu não tinha maturidade alguma quando entrei na computação que, por si só, não era um "curso da moda". Imagino o pessoal de hoje fazendo os direitos e medicinas da vida por imposição, só pra concursos ou pelo gramooouur.
E na boa: direito(como muitos outros cursos) não precisa de aula presencial. Se fosse cirurgia, ou áreas afins, tudo bem. Particularmente, aprendo muito mais em casa. Já dizia o gran macho, hulk-mor Renato Russo que disciplina é liberdade.

Essa semana, por ter me doado aos estudos, não pude me dedicar muito aos relatos da Pata. Pra quem ainda não sabe, faço planos de descer de carro até a Patagônia, mais especificamente até Ushuaia(procure no mapa, mas não se assuste). É, todos sabem que gosto desses programas uga-uga. Pra mim, quanto menos informações, verbas e família perguntando, melhor. Bloody Mary, minha mochila, já tá que não se aguenta no armário. Mais informações aqui futuramente. Ou quando eu for, sei lá!

Me deu fome. Outro dia escrevo mais!

Beijos pras loiras!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

HQEH

Acho que naquela fila que deus faz pra distribuir missões, expiações, dons e privilégios, recebi apenas uma ordem: "Você será homem!". Fiz a besteira de retrucar o todo-poderoso. Ô, Barba, aí não, né? O senhor está muito obsoleto. O mundo hoje é gay! Vai ser duro ser macho desse tanto. O grande sábio do universo, conhecedor de tudo, sabedor de todos os pensamentos, compadecendo-se de mim, completou: "Além de homem, vc será HQEH". Aí eu me fudi de vez!

Com o passar do tempo vi que hoje eu até agradeço. Aliás, se o velho barbudo me fez um favor, foi esse! Não estou falando da minha hérculea masculinidade, dos meus poros que transpiram testosterona com açaí ou inquestionáveis dotes capazes de proporcionar prazeres infinitos a uma baleia azul, mas do meu jeito HQEH de ser. (HQEH - homem que é homem). Não sabe o que é HQEH? Depois que ler o meu texto, leia esse aqui.

Antes que os mais afeminados se exaltem, aqueles que curtem Justin Biber, dão risadinhas "kkkkk" no msn, batem o pezinho quando ouvem Go West do Pet Shop Boys ou choram no final de filmes românticos, eu já adianto: ter a trissomia YYY não é fácil!

Pra vocês terem uma idéia, não me lembro da última vez que comprei roupas pra mim. Tirando meus tênis de basquete, minha camisa preta do Schweinsteiger e minha cueca do Tigrão amigo do ursinho Puff, deve ter anos que não faço compras. Sou tão HQEH que a locução "fazer compras" já me soa altamente homossexual. Aliás, eu deixei de compras meus filmes do Charles Bronson na Amazon porque tinha uma mensagem "boas compras". Deus, pra evitar que eu só andasse de havaianas trocadas e camisa do cartão de crédito, me deu mãe, irmã e tia que me gracejam com roupas legais. Embora, muitas das vezes, me recuso a usar ao ver a quantidade de casas decimais que alguns pedaços de pano custaram.

Escrevo sobre isso hoje, após acontecido um fato que me fez pensar sobre o assunto: depois de chegar cansado da academia(coisa de HQEH), sentei o braço num bule de café. Pras pessoas normais, a visão do inferno. Era aquela gosma preta fedida pela cozinha inteira. Pra mim, HQEH, apenas mais uma de amor. "Mãe, tô atrasado pra faculdade. Fiz uma arte aqui, se a senhora não se importar, quando eu chegar eu limpo. Senão, amanhã a diarista vem e dá o grau".

Sobre o meu quarto: pior que puteiro cubano. Ok, não é tanto assim: A bandeira da Austrália e o quadro do Che dá pra ver logo que entra. Às vezes, a televisão grande e o saco de areia com o emblema da SWAT ficam meio camuflados entre as roupas sujas, as limpas, os travesseiros, a toalha de banho molhada e a Jenny, minha boneca inflável. Dia desses, o Clark Antonio, meu pitbull anão, foi dado como perdido por 3 dias até eu resolver arrumar o quarto. Sobreviveu comendo Doritos  do mês passado que tinha no chão.

Devido à minha desenvoltura atlética, cara de macho e braços fortíssimos(HQEH), algumas namoradas me cobram saber dançar. Aliás, muitas têm a presunção de falar que para atingir a perfeição, só falta dançar. Que absurdo, não é mesmo? Eu sei dançar. E muito bem! Só não gosto de deixar os outros sem graça na pista. E vou dizer mais: HQEH não dança! John Wayne não dança. Arnold Schazeneger não dança. Arnold mal sabe andar! Dança foi uma coisa feita para as fêmeas atraírem seus machos. É uma forma de cortejar, galantear. Enquanto as fêmeas dançam, os machos compram carros caros. Prova nata de que deus foi totalmente desproporcional para com a espécie detentora do pinto.

Uma das minhas paixões, digo, dos meus vícios(porque paixão não é coisa de HQEH), é o meu playstation. Tiros, explosões, gols de bicicleta, xingamentos, tacar o controle na parede. Tudo isso é coisa de HQEH. Zuar o cunhado? HQEH²! Não confundam: Se vc joga Mário Kart, Guitar Hero e Nintendo Wii vc não é HQEH. Vc é veado.

Deus, a natureza, o cosmos ou a evolução, como queiram, pra balancear toda a minha macheza, brindou-me com uma "falha". O futebol. Sim, HQEH gosta de futebol. Para eu não ficar muito à frente de Hulk, Lion dos Thundercats, O vingador e o Rambo na escala Richter de Machice, eu não gosto de futebol. Antes que vcs soltem um "hmmmm, boiola", explico: Só de pensar naqueles negões suados se abraçando na torcida no momento do gol, em homens tirando a camisa pra comemorar e num cara homoafetivo que fica agitando uma bandeirinha a cada falta, me dá um puta cãibra! Altamente gay. Quer um esporte de verdade com contato físico, tentem o rugby.

A essa altura, as feministas de plantão, aquelas que não se depilam, que acham cult fazer passeatas usando broches do PT, que ficam chupando o dente na fila pra pagar o almoço, já fecharam o meu diário. Pra vc que aguentou firme, na esperança de ver em mim uma ponta de sensibilidade, humanismo ou alguma outra característica duvidosa, chegou a sua vez. Eu não sou um ogro; sei bem a diferença de macho pra machão.

Ainda sou adepto de coisas que acho que nunca deveriam mudar: tenho costume de dar flores, abrir a porta do carro pras moças e não me esqueço de datas que elas arbitram como importantes num relacionamento. Tirando atendentes da Vivo, nunca gritei com mulheres; nunca bati numa fêmea que não a Sheeva do Mortal Kombat 3 ou troquei palavrões senão com a Adriana, a filha da minha mãe.
Não sei se definiria como o sexo frágil. Talvez como o delicado. Questão essa que quando falo que mulher não sabe dirigir, não estou sendo machista. Não é bem questão de não saber, mas de não estar preparada pra algo que requer certa brutalidade intrínsecas aos homens e, principalmente, aos HQSH. Dentre outros exemplos que eu poderia aqui citar. Não, mulher não tem o pé pequeno pra encaixar melhor no fogão.

O post já se estende por mais que o esperado. Não me é comum sobredizer as palavras aos pensamentos, mas aqui se fazia preciso. Peço desculpas às bibas e às feministas, cujo melhor movimento é o dos quadris. Um abraço efusivo pra todos e boa noite!

A.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Holly shit

Quando criança, aprendi com meu pai que um dos piores erros da natureza era incompetência não doer. Fato que venho comprovando ao longo de todos meus 25 anos de sonho e de sangue e de América do sul.
Pra citar exemplos, segunda-feira passada trabalhei 12 horas, o dobro do que me é normal; estava a cobrir(no mau sentido) uma amiga. O "supervisor" dela é diferente do meu.

Entende-se por esse profissional alguém que teve a boca grande e gostosa o suficiente pra puxar(?) o saco de algum político e conseguir a indicação para o tal cargo mencionado. Ou seja: não se exige qualquer habilidade intelectual para que se cresça no órgão em que sou concursado. Bom, né? Depois perguntam o porquê da merda do funcionalismo público tupiniquim.

O poço de conhecimento que chamarei de Jegue de Tetas, sei lá porque xongas d'água, me enfiou numa latada junto com uns amigos pra acompanhar uma obra ao lado do Serra Dourada. A Saneago e mais algumas superintendências, autarquias, o diabo a quatro, estavam lá quebrando a rua pra fazer porra nenhuma melhorar as condições da população local. Era um serviço grande pra simples novatos. Já estava anoitecendo. Não havia sinal de que outra turma estava a postos pra nos substituir quando desse nosso horário.

O "supervisor" não deu sinal de que apareceria lá para nos instruir ou sequer ficar de papagaio de pirata nos olhando. Moral: tivemos que fechar algumas ruas sozinhos, sinalizar sozinhos, aguentar o caos que aquele bairro suporta às 18hrs sozinho e com um monte de patrola, pedreiro e condutor fazendo barulho em nossas cabecinhas. Se acontece qualquer pepino, pra não dizer um atropelamento, uma batida ou morte de algum funcionário, de quem é a culpa? De nós que estávamos lá tentando ajudar num papel que nem é nosso, ou do "super" que é pago pra fazer aquilo e que mal respondia-nos no rádio? Deixo a resposta pra vocês.

Tirando a dor de cabeça disso tudo, cheguei em casa bem. Bem cansado, bem puto e bem sujo de terra. Tinha poeira até no toba. Era pra eu chegar às 18hrs. Cheguei quase 19, porque o dito cujo não havia se programado pra enviar reforço lá pro diabo da obra. Enfim, isso aqui foi só pra deixar o meu protesto. Morte à falta de habilidade nata de raciocinar o básico.

Um dos meus papéis no mencionado inferno aí em cima, foi fechar uma rua. Simples, estreita, normal por natureza. Pra garantir, usei 6 cones e duas placas ENORMES com o dizer "Trânsito impedido". Contei em 18 minutos que fiquei lá, 12 carros que pararam na minha frente e perguntaram se a rua estava fechada. Cara, 6 cones e 2 outdoors escrito que estava fechado. Depois do quinto carro e da minha paciência tibetana dos monges do sul da Malásia irem obra abaixo, seguem algumas das minhas argumentações:

P: Oi, boa tarde. A rua está fechada?
R: Não, não está fechada. Os cones e as placas estão aqui servindo de obstáculo pro senhor vir com seu veículo e pulá-los. O condutor que pular mais longe ganha pirulito.

P: Oi, seu policial. O trânsito está impedido por esses cones?
R: Sim, está, sim, meu amigo. Mas não são cones. São jogadores da Holanda fazendo um rachão. Vai Robben, toca a bola, tô livre, porra!

P: Boa tarde. Os cones estão aí pra falar que a rua está fechada?
R: Não. Estão aqui pra eu brincar de dança da cadeira gaúcha. Quando a música pára eu corro e sento em cima de um deles. Quando recomeça eu tiro um deles e a brincadeira continua.

P: Oi, estou vendo que a rua está fechada. Não quero dar a volta no quarteirão, vc pode liberar só pra mim?(duzentos carros atrás buzinando).
R: ...

Pois é, meu caros. Meu trabalho é tranquilo, mas nessa de que o Barba me enviou a passeio na terra, entre uma e outra, Ele me prega algumas. Mas vou levando assim, apertado assim, colado assim, calado assim.

Abraços efusivos!

A.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sneijder Van Bommel Van der Saar da Silva

E aí, patetas? Vão continuar usando aquelas bandeirinhas ridículas no carro ou patriotismo acabou? Nesse momento o Ronaldinho Gaúcho está tentando ligar para o Dunga, mas ele não atende. Por que será?
Seguem razões pra vcs não ficarem chateados com a eliminação do selecinha:

- A camisa do Brasil vai cair de absurdos R$179,90 para R$9,90 (e em 3x. Se pagar a vista vem com chaveirinho do Robben).
-
- Prefiro ver na tv os peitos das loiras holandesas do que das mulatas cariocas.
- Vou poder continuar repetindo que era pra ter levado o Ronaldo Bacons.
- Don Diego Maradona está tomando uísque e fumando charuto enquanto você chora.
- Acabaram as vuvuzelas e os foguetes na hora do meu sono à tarde.
- Het heeft hart (Haja coração, em holandês).
- O PIB vai aumentar 0.000043% com o final dos feriados em julho.
- Se na copa o Brasil não anda, a Holanda (ok, essa foi podre!).
- Na Holanda, a maconha é legalizada. Será mais um argumento para que o Brasil legalize. Não haverá mais morro pobre no RJ.
- Luís Fabi quem?
- Felipe Melo não nasceu. Foi expulso da barriga.
- Quando o juiz apita, Felipe Melo entende como Round 1, FIGHT!


Pra provar que nem tudo é lágrima, faltam aproximadamente 1462 dias para a copa de 2014. E pasmem: Até agora o Brasil, mesmo tomando o nabo que tomou hoje, é o único que já está classificado!

Viva a Pátria de Chuteiras!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Confabulando

- Filho meu, o que quer ser quando crescer?
- Funcionário público!

Maldito esse dia! Por que minha mãe não me reprimiu? Por que não me coagiu com três tapas na cara, dois pedalas, um armlock e quatro chutes no saco? Me pôs de castigo 19 dias a base d`água e bolacha Maria aberta há mais de 1 semana?! Eu mereci! Onde já se viu tamanha mal-criação?

Meu trabalho não é ruim. Pelo contrário: muitos amigos dariam os próprios pênis(já que não usam) para estarem no meu lugar(estudem mais da próxima vez, pamonhas). Nunca imaginei receber tanto pra fazer tão pouco. A grana não atrasa. Não tenho chefe. Não corro risco de ser demitido a menos que mate alguém a sangue frio sem motivo inexcusável, roube 3 milhões e não declare no imposto de renda, faça orgias com virgens sedentas e não convite o meu superior imediato para a suruba.
É exatamente esse comodismo, a sensação de que posso passar 2 meses internado numa clínica da Brasileirinhas e que ao voltar, meu emprego estará lá que me irrita! Eu sei, o ser humano é um eterno insatisfeito, mas o tal do concursado é foda!

Há tempos prometi pra mim mesmo que não leria mais jornais on-line. Hoje, na esperança de que algo havia mudado, que alguma coisa grandiosa tivesse acontecido e que esse ser dotado de um tele-encéfalo super subdesenvolvido chamado internauta tivesse criado pelo menos um par de neurônios capaz de propagar uma sinapse ainda que pela metade, resolvi visitar uma página de notícias nacionais. Já arrependido do que tinha feito, de cara encontro:

- Lula admite que dinheiro público vai bancar a copa de 2014.

Esse pessoal da imprensa tá cada vez mais rápido, hein?


- Lula diz gostar de "geladinha boa".

Novidade, hein, sapo gordo?!


- Caua Reymond sobre depilar a perna: "Me senti muito feminino".

Agora compreendo quando Grazi me largou dizendo que tinha virado lésbica.


É por essas e por outras que minha página inicial tem meu sósia, o Kid Bengala. Ok, não somos tão parecidos assim: ele é velho e gordo e só fica 20min dentro sem tirar. Pensem nisso, meninas, dever pra casa.

Dia desses fui ao Serra Dourada. Clássico homoafetivo: Goiás x São Paulo. No começo achei que fosse parada gay de Goiâna. Nunca vi tanto assobio e buzinas igual quando Fernandão entrou em campo. Tirando o Hulk que vos escreve, o mais macho ali era o Richarlison que, diga-se, se sentiu ofuscado pelas lantejolas da torcida. Pra completar a noite, o bicha do Tiago inventou de arrumar briga com a moçoila mestre que puxava o coro dos cânticos dos bambis. Vi a hora em que voariam cilíos-bombas e que nos afogariam em seus glíteres cintilantes. Estádio pra mim? Nunca mais!

Beijos pras meninas e dedada pros manos. Menos pros são paulinos.