quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Agora, sem fios



Há tempos que eu pretendia aprender a instalar uma rede sem fio. Isso aconteceu hoje e justo na minha casa! Abaixo descrevo as surpresas, entusiamos e brochadas da sensacional experiência.
Todos sabem que aqui em casa a internet só funciona em dias ímpares em que o cometa Halley passa. Não é muito estranho me pegar na sacada tentando afanar alguma rede sem fio desprotegida por aí. Afinal, estou no alto do Bueno; prédio aqui é o que não falta!
Bem, prédio até que não, mas as redes sem fio sem senha sim! Ultimamente até tem aparecido uma constante com uns dois piques de sinal e uma velocidade bastante razoável que tem quebrado o meu galho nos dias que o mencionado asteróide não aparece.

Toda essa história de levar computador pra lá, trazer computador pra cá contribuiu para a minha crescente curiosidade sobre redes sem fio. Isso se uniu ao meu Salim Way of Life Tabajara, que sempre quis pagar apenas um ponto de internet (aqui em casa são dois). Cultivei durante meses a idéia de instalar uma rede sem fio aqui, usar a parte de cabos dela pro primeiro ponto e, pro segundo, a parte wifiniana. Bom, só pra concluir a história, essa semana um amigo meu que sempre me liga quando aparece algum perrengue no computador dele (esses caras acham que só porque faço computação sei TUDO sobre QUALQUER teconologia e estou SEMPRE de pernas abertas para ajudá-los ou, no mínimo, fazer tudo por eles) questionou-me sobre o referido assunto.
O sacana disse que descolara um roteador sem fio e que queria fazer uma rede do mesmo tipo na casa dele. Fui sincero e disse que nunca tinha feito, mas que segundo as poucas especificações que ele soube me dar, o roteador e alguns minutos ao telefone com a atendente do seu provedor seriam suficientes para resolver a parada em questão.

Matutando um pouco mais, cheguei a conclusão de que o trouxa me acha O CARA das parafernalhas virtuais e que se algum dia ele fosse presidente da república, eu seria, no mínimo, ministro da tecnologia. Como sempre resolvo os pepinos pra ele, dessa vez eu queria manter a regra e quebrar mais essa pro fedido (essa foi a melhor desculpa que arranjei perante a real vontade de por em prática o famigerado sonho da rede sem fio contado lá atrás).

Corri atrás de um roteador wifi (já que a internet aqui é mapeada, só switch não resolveria meu problema) e depois de uma tarde longa de procura e decisões mal terminadas, corri na Primetek pra adquirir o que, segundo a telefonista, era o último que estava no mostruário (filha da puta! Ela soube bem como mexer com o otário que existe em mim). Por um momento cheguei a pensar em Mercado Livre, mas como sou azarado POR DEMAIS com essas coisas, pro bicho dar problema e eu ter que chorar sobre garantia derramada não ia custar nada.

Foi uma correria só até a loja. Tava quase na hora de eu ir dar aula e o trânsito das 17h em Aparecida é uma das maravilhas do diabo. No final deu tudo certo, tirando que quando cheguei em casa pra lá das 22h, a internet estava fora do ar e a minha vontade de estreiar o brinquedo novo teve que esperar o dia seguinte.

Hoje quando acordei fui direto verificar se a rede havia voltado e se o sinal verde para a instalação havia sido dado. Sim, estava tudo certo. Tenho que admitir que estava com muito medo de não conseguir. Com todo mundo que eu conversava, ninguém nunca tinha ouvido falar em rotear sem fiomente uma internet mapeada igual a minha. Pois bem, até o manual de instruções do coisa eu li. Ok, só as primeiras páginas. Mas li! Em uns 10 minutos estava TUDO funcionando. Meu sorriso foi de orelha a orelha e a boca do coringa comparada à minha não passava de delicados lábios de mel.

Estava tudo muito bom pra ser verdade. O que eu queria na verdade era, como disse antes, eliminar a necessidade de dois pontos daqui de casa. Eu conseguiria isso se a porra do modem não fosse tão fraco quanto coice de porco. Ele não é capaz de varar um cômodo sequer com uma porta fechada. O sinal cái abruptamente. Ok, imaginei outro jeito: voltar com o switch antigo até o ponto do quarto da Adriana e de lá sim ligar o roteador, tendo em vista que meu quarto é ao lado do dela, e não do lado oposto do apartamento comparado ao quartinho em que eu havia instalado o wifi anteriormente. Rebolei e mais uma vez havia dado certo a instalação. Porém mais uma vez o sinal estava uma bosta, quase apagado quando trazia o computador pro meu quarto. Sem falar que na sacada, onde costumo deitar na rede pra postar ou fazer qualquer coisa ligada ao quesito diversão, o sinal da rede nem chegava.

O jeito, então, foi me conformar em manter os dois pontos aqui em casa, e colocar o roteador no meu quarto mesmo. Pra isso precisava de um estabilizador porque a fonte do router era 110V. Não tenho e não consegui ninguém que tivesse. Apelei pro transformador de um amigo que mora há uns quarteirões daqui. Busquei debaixo de sol QUENTE e vim correndo testar a então nem tão saudável solução (que já nessa altura já nem mesmo solução eu tava considerando). No fritar das panquecas deu certo: o treco tá rodando a mil por hora, inclusive com o transformador que é do tempo do onça, esquenta demais e faz um barulhinho porquíssimo quando ligado. Pelo menos no meu quarto o sinal é o melhor possível e, só mirar um pouquinho a antena lá pra fora, que da sacada eu conseguirei acessar também.

Depois disso tudo é claro que mandei uma mensagem pro meu amigo.
"Negão, instalei uma rede sem fio aqui em casa igual a que você queria. Foi muito tranquilo. Espero que tenha conseguido arrumar a sua. Caso não, estou à disposição para fazê-lo. Pode me ligar que até por telefone da pra te ajudar. Você sabe como são esses caras que acham que mouse é acelerador e CDROM é porta copos, né?!"

Sim, eu sou mal. Espero de verdade que ele tenha conseguido. Mas se precisar vou até lá. Quem sabe a configuração não é diferente da minha?! Seria uma experiência legal ter que me virar nos 30 pra fazê-la funcionar na frente de todos lá.

Abraços a todos,

A.